P – A empresa José Augusto Pires Morgado & Filhos, Lda conta já com alguns anos de existência. Como surgiu este projecto empresarial?
Esta empresa foi fundada em 1980, pelo meu pai, José Augusto Pires Morgado. Desde muito novo que trabalhou em carpintaria, tendo sido neste ramo que também singrou na África do Sul. Após o 25 de Abril, regressou e abriu uma carpintaria na Lageosa do Mondego. Mas rapidamente se apercebeu que o futuro seria o alumínio e decidiu apostar em algo diferente da madeira.
Foi dos primeiros a fazê-lo na região de Celorico da Beira e com perseverança e muito trabalho, construiu a Empresa que é hoje. Em 2001, já com muitos anos de trabalho, decidiu recrutar-me para o ajudar. O meu irmão já o ajudava há vários anos, mas faltava-lhes ajuda ao nível da contabilidade e atendimento aos clientes. Decidi integrar a Empresa e como o meu pai se queria reformar, transformámos a empresa, de, em nome Individual, para uma Sociedade por quotas. A Gerência ficou a meu cargo e do meu irmão, Luís Morgado. Com os olhos sempre postos no futuro, fizemos algumas alterações estruturais a vários níveis tendo adquirido novos equipamentos, mais modernos e adequados à nova realidade.
P – Quais os principais produtos que produz e comercializa?
Actualmente, comercializamos todo o tipo de caixilharias em alumínio, desde janelas e portas, a marquises, gradeamentos, cabines de chuveiro, etc.
P – O que a diferencia da concorrência?
Penso que o que nos distingue da concorrência, depois de quase trinta anos no ramo, tem sido a qualidade, e a assistência ao cliente depois da obra colocada. E são os nossos clientes que ao ficarem satisfeitos com os nossos produtos e serviços, têm feito a nossa publicidade.
P – Quais os seus principais clientes?
Os nossos principais clientes, neste momento são os particulares. Porque as pessoas que possuem uma casa e vão comprar caixilharia, preocupam-se principalmente em adquirir um bom produto, o preço é importante, mas cada vez mais as pessoas estão mais esclarecidas acerca do que existe no mercado e, quando vêm ao nosso encontro, muitas vezes, já sabem o que querem. A concorrência é muito grande e temos notado um afastamento dos Empreiteiros e do Sector Público que procuram as grandes Empresas do Ramo para obterem preços mais baixos.
P – A actual conjuntura económica e financeira tem afectado a sua empresa?
Há muito menos trabalho do que em anos anteriores. É para nós difícil combater a politica dos preços, por isso tivemos de planear uma estratégia para permanecermos no mercado. Assim, no inicio deste mês de Abril, passamos a ter mais uma marca a preços mais baixos, sendo esta uma solução, para quem não tem possibilidades de comprar produtos de Gama Alta. Outra solução tem passado pela exportação.
P – Falou em exportação, mas para que países?
Principalmente França, para emigrantes portugueses…
P – A sua empresa participa no Programa QIPME, promovido pela AENEBEIRA. Quais as suas expectativas relativamente a este Programa no sentido de este poder vir a melhorar a competitividade da empresa?
De facto, a nossa Empresa foi seleccionada para participar no programa QIPME, promovido pela AENEBEIRA. Estamos agora no inicio do programa, tivemos apenas um primeiro contacto com o que vais ser ministrado, na Formação para Empresários que faz parte do âmbito deste programa, e desde já gostei da maneira como este foi apresentado. Tenho algumas expectativas, de que as acções de consultoria me ajudem a melhorar os procedimentos e metodologias de gestão. E que quantifiquem os aspectos a melhorar para obter a Certificação de Qualidade.
Esperemos que o futuro nos traga muito trabalho, para que esta crise que todos atravessamos, venha a ser superada da melhor maneira possível.
