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Famalicão já tem Casa da Cultura

Espaço já tem programados espectáculos de teatro e música aos fins-de-semana até Junho

O município da Guarda conta, desde domingo, com mais uma sala de espectáculos após a inauguração da Casa da Cultura de Famalicão. Dirigida por Victor Amaral, o espaço já tem programação definida até Junho com teatro e música, sobretudo aos fins-de-semana, além de uma exposição de pintura de Jaime Alberto do Couto Ferreira, natural da aldeia, patente até final de Junho.

Com um auditório de 200 lugares e um palco ao mais alto nível – cuja orientação estrutural e técnica teve a mão de Orlando Worm, um dos maiores especialistas da área em Portugal, o equipamento custou cerca de 300 mil euros e vai ser gerido pela Junta de Freguesia. Inicialmente, a ideia era construir um pavilhão polivalente, mas a inadequação do projecto original à legislação então em vigor parou o processo. Já em 2002, a Junta, com o apoio da autarquia, reformulou os planos e avançou para a sala de espectáculos. Na sessão inaugural, o presidente da Junta recordou que a empreitada «não foi fácil e até suscitou desânimo, mas valeu a pena esperar». António Fontes destacou as «excelentes condições» proporcionadas pela Casa da Cultura para espectáculos ou mesmo conferências e apontou o dedo aos «“velhos do Restelo”» que, na aldeia, já criticam o investimento. «O dinheiro sempre faltou e há-de faltar», respondeu, não sem aproveitar a oportunidade para pedir ao presidente da Câmara para desbloquear o processo de construção da nova sede da banda filarmónica.

Já à secretária de Estado da Cultura, Paula Fernandes, solicitou apoios para actividades em rede e para a aquisição de um piano. «Esta Casa da Cultura vai alimentar a alma de Famalicão e dar novo alento à actividade cultural da aldeia, interrompida nos últimos anos por falta de condições», considerou o autarca, garantindo que o espaço vai ser «um elo importante» na cadeia de equipamentos culturais do concelho. Depois, João Almeida Santos, também natural da terra e presidente da Assembleia Municipal da Guarda e assessor do primeiro-ministro, recordou que o projecto só é uma realidade graças «à determinação e empenho de António Fontes, Joaquim Valente e do Governo», agradecendo também a graciosa colaboração dos amigos Orlando Worm e do artista plástico Leonel Moura, que concebeu o logotipo da Casa da Cultura. «Há muito que Famalicão ambicionava por uma obra destas, ou não fora uma terra de artistas e de artesãos» acrescentou Joaquim Valente, que espera agora que o Estado apoie as actividades ali desenvolvidas, mas também no TMG e no Centro Cultural de Gonçalo.

De resto, o presidente da Câmara da Guarda revelou que o projecto da sede da banda já foi aprovado em reunião de Câmara e está a seguir «os trâmites normais». Por sua vez, a secretária de Estado da Cultura sustentou que este género de equipamentos «não devem ser encarados como uma despesa, mas sim como um investimento».

Luis Martins Secretária de Estado da Cultura ficou surpreendida com auditório

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