Estão por apurar os motivos que, na última segunda-feira, levaram um idoso a inverter marcha na área de serviço de Celorico da Beira e a entrar em contramão na A25. Esta viagem de risco na auto-estrada durou três quilómetros, até o ligeiro que conduzia colidir frontalmente com um jipe, provocando dois feridos graves e um ligeiro.
«Estamos à espera que melhore para nos dizer o que se passou. Só o condutor pode ajudar a apurar as causas da infracção, porque não há motivo aparente para esta situação de contramão», adianta o tenente Bruno Gonçalves, comandante do Destacamento de Trânsito da GNR da Guarda. A colisão aconteceu ao quilómetro 148,5, perto do nó de Açores, e envolveu um todo-o-terreno que seguia correctamente no sentido Guarda-Celorico da Beira da auto-estrada que liga Vilar-Formoso a Aveiro. O Destacamento de Trânsito ainda foi alertado para a situação, mas o acidente deu-se «logo a seguir», tendo sido comunicado por outro automobilista «cerca de um minuto depois da primeira chamada».
Bruno Gonçalves garante que este tipo de acidentes são «casos pontuais» na A25, uma auto-estrada que considera «segura e com sinalização bastante boa, nomeadamente sinais próprios para evitar a contramão nalguns nós de acesso, como é o caso no nó de Açores, perto do qual ocorreu o acidente». Segundo a lei, este tipo de infractores incorre num crime de condução perigosa de veículo rodoviário, cuja pena pode ir até três anos de prisão, e de uma contra-ordenação muito grave, punível com uma coima de 500 a 2.500 euros, para além da inibição de conduzir de dois meses a dois anos.