No passado dia 12 de Dezembro, numa cerimónia realizada na Sala da Assembleia Municipal, a Agência para a Promoção da Guarda e a Sociedade PolisGuarda apresentaram o livro A Guarda em Postal Ilustrado de 1901 a 1970. Coordenado por António Saraiva, a obra é composta 454 postais distribuídos ao longo de cerca de 300 páginas, onde o” leitor” é convidado a fazer uma viagem no tempo e a visitar vários espaços da cidade nos primeiros setenta anos do século XX.
A obra foi brilhantemente apresentada pelo Dr. Manuel Luís Santos, historiador e grande conhecedor da história da Guarda, que convidou todos os presentes a fazer a viagem no tempo. Após uma Nota Introdutória, uma breve explicação acerca da Metodologia de Apresentação, e uma Breve História do Bilhete Postal Ilustrado, começa a visita de descoberta ou redescoberta. “ A Cidade”, “O Sistema Defensivo”, “Casa da Mata”, “Sé Catedral”, “Praça Luís de Camões”, “Igreja da Misericórdia”, “Consultório Dr. Lopo de Carvalho”, “Hotel de Turismo”, “Sanatório Sousa Martins”, “Capela do Mileu”, “Estação da REFER, “Jardins e Espaços Verdes”, “Neve”, “O Bilhete Postal Comercial”, “O Concelho”, “Gentes e Costumes” e “Institucionais”são alguns dos espaços a visitar, revisitar, conhecer ou recordar.
Os postais são apresentados no seu tamanho e cor natural, e no início de cada capítulo é feita uma breve resenha histórica para situar histórica e cronologicamente as temáticas abordadas.
Das várias áreas abordadas é de destacar os capítulos respeitantes à “Sé”, ao “Sanatório Sousa Martins” e à “Neve” pelo maior número de postais apresentados.
Não pretendendo ser uma obra de cariz histórico, vai revestir-se de grande utilidade e interesse para novos estudos sobre a Guarda, deste período. Também contribuirá para aprofundar o conhecimento sobre a cartofilia nacional e local, através da referência e catalogação dos bilhetes-postais alusivos à Guarda e às suas gentes. Assim, a obra pretende ser um recordar de imagens e memórias colectivas e ao mesmo tempo reconhecer locais, entretanto radicalmente transformados, sentir o espaço, relembrar aspectos sociais e económicos da altura e ao mesmo tempo servir como mais um apoio aos coleccionadores.