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Idosos do distrito em convívio no NERGA

Iniciativa da REAPN reuniu mais de 100 pessoas na Guarda

Dezenas de idosos do distrito deram, na passada quinta-feira, um pontapé na monotonia que vivem nas instituições que os acolhem. É que a delegação da Guarda da Rede Europeia Anti-Pobreza (REAPN) promoveu um convívio que reuniu 84 utentes de 13 lares e centros de dia, 17 técnicos, seis funcionários e uma voluntária. A receber todas estas pessoas – da Guarda, Celorico da Beira, Almeida, Figueira de Castelo Rodrigo e Sabugal – estiveram também 16 alunos do curso de Animação Sócio-Cultural do Instituto Politécnico da Guarda.

Na sede do NERGA – Associação Empresarial da Região da Guarda, todos participaram em ateliers de ginástica, expressão plástica e dramática, moldagens, jogos, costura e saúde. O objectivo desta actividade foi promover «a partilha entre as várias instituições», referiu Messias Prata, coordenador da REAPN na Guarda. «Os idosos são um escalão etário que nos pode transmitir muito do seu saber», justificou. Foi o caso do lar da Lageosa do Mondego (concelho de Celorico), que dinamizou o atelier de costura, onde Esmeralda Cautela passou grande parte do tempo. Eram «bordados fáceis», reconhece a idosa de Escalhão (concelho de Figueira). «É uma boa ideia, para sairmos do centro de dia, passearmos e termos conhecimento com outras pessoas. É uma tarde divertida e estou a gostar», sentenciou. No lar da Rapa (concelho de Celorico), Eusébio Almeida sempre vai «fazendo alguma coisa», mas reconhece vários méritos ao encontro promovido pela REAPN.

Os seus 90 anos não o impediram de participar nalguns dos jogos organizados. «Estes encontros são interessantes para nós, velhotes, porque tiram-nos daquele “ram ram” diário», referiu. Também da Rapa veio Maximiano Muxagata. Faltam poucos dias para completar 95 anos e a idade já não perdoa grandes constipações, mas este idoso prefere arriscar: «Vale a pena sair e poder conversar com as pessoas. Não pode ser melhor: estamos a divertir-nos como é devido e travo conhecimento com pessoas de muitos lados», destacou. José Ferreira, vindo de Almeida, também conheceu muitas pessoas e reconheceu algumas caras que estavam esquecidas. «Fui aqui comandante de posto da GNR e revi gente que já não via há muito tempo», sublinhou, satisfeito.

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