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Mil euros por cada novo posto de trabalho

Incentivo da Câmara de Figueira de Castelo Rodrigo destina-se a fomentar a criação de emprego

Há mais um incentivo à fixação de pessoas e empresas em Figueira de Castelo Rodrigo. Desta vez a Câmara anunciou que vai dar mil euros por cada novo posto de trabalho criado na zona industrial. Os destinatários são os empresários locais e novos investidores. Mas não é a única ajuda que o município vai conceder. Também as empresas com lotes já adquiridos vão beneficiar de um apoio para arranjo do exterior daquele espaço e reforço da rede eléctrica.

«Não podemos deixar de lutar para tornar este território atractivo, para premiar os residentes e para tentarmos sempre aumentar o número de habitantes, caso contrário, e dentro de pouco tempo, teremos esta região despovoada», justifica o presidente da autarquia. «As dificuldades que os concelhos da nossa região vivem, relativamente à fixação de indústria e pessoas, são do conhecimento de todos. Mas tivéssemos nós investimento de elevada importância da administração central, ou de privados com apoio público, e o cenário seria bem mais optimista», garante António Edmundo. À falta deles, caberá ao município fazer pela vida, estando já em vigor vários incentivos à fixação de população e empresas, bem como ao fomento da natalidade. «Trata-se de estimular quem quiser investir e residir na nossa terra, mas também de premiar os figueirenses», refere o autarca, realçando, sobretudo, «os esforços dos industriais locais na criação riqueza e postos de trabalho».

Contudo, apesar destas ajudas, António Edmundo admite que não se consegue «estancar a sangria populacional para o litoral, para Espanha ou para outras paragens», reiterando que a desertificação do interior do país é «um problema nacional». Mesmo assim, o jovem presidente da Câmara não tem dúvidas que o seu concelho estaria «bem pior se não existissem estes incentivos e as inúmeras reduções de taxas autárquicas». Em Figueira de Castelo Rodrigo os residentes com domicílio fiscal no concelho já beneficiam de uma redução em três por cento da colecta líquida do IRS (o máximo permitido por lei). A autarquia baixou também o IMI para 0,2 por cento para os prédios urbanos avaliados segundo o novo Código, para 0,4 para os restantes e 0,8 para os rústicos. No apoio à natalidade e fixação de jovens casais, os beneficiários terão direito a uma ajuda que vai dos 500 aos 750 euros.

O município atribui ainda uma bolsa de 650 euros aos estudantes que ingressem no ensino superior, sendo que os jovens licenciados que queiram criar a sua própria empresa terão condições privilegiadas no Ninho de Empresas do Conhecimento, recentemente inaugurado. E beneficiarão também do programa Finicia, que apoia micro e pequenas empresas do concelho num limite máximo até 40 mil euros por cada projecto apresentado. «Os baixos valores das taxas das licenças de construção e ocupação de via pública e o baixo custo da utilização dos equipamentos públicos fazem deste concelho uma terra onde vale a pena investir e viver, comparando todos os custos de vida», considera a autarquia em comunicado.

Luis Martins

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