À segunda foi de vez e os socialistas chegaram a um consenso quanto à constituição da Comissão Organizadora do Congresso (COC) federativo da Guarda.
Da última reunião da Comissão Política Distrital (CPD), realizada na passada sexta-feira, na cidade, saiu a escolha de Maria do Carmo Borges para presidir ao organismo que vai preparar a reunião magna do PS da Guarda e as eleições para a presidência da Federação. À actual Governadora Civil, ex-presidente da Câmara e da distrital socialista juntam-se mais seis dirigentes. Recorde-se que o congresso está agendado para 8 de Novembro, uma data em função da qual está calendarizado o restante processo eleitoral. Assim, as candidaturas à presidência da Federação têm que ser apresentadas até 9 de Outubro – actualmente há duas: José Albano (Celorico da Beira) e Eduardo Brito (Seia), devendo ser enviada aos militantes a convocatória das eleições até 16 de Outubro. Três dias depois serão afixadas as listas de delegados ao congresso, estando marcada para dia 24 a eleição do presidente da Federação e dos delegados.
«A COC vai gerir e acompanhar estas etapas, além de definir quantos delegados terão lugar no congresso e qual o local da sua realização», disse Fernando Cabral. A definição da comissão esteve rodeada de polémica. A primeira tentativa fracassou, já que a proposta do presidente cessante da Federação acabou chumbada pela maioria da CPD, supostamente afecta ao actual deputado. Seguiu-se uma acesa troca de acusações. Cabral responsabilizou «uma facção de militantes que tem uma postura de desconfiança permanente em relação a tudo e todos, até da sua própria sombra», numa indirecta aos apoiantes de José Albano. Este devolveu as críticas e respondeu que o sucedido a 5 de Setembro foi «algo elaborado para ferir esta candidatura». Mais radical, Castro Lopes, membro da CPD, considerou que nessa noite a Comissão Política Distrital «não confiou nos membros do Secretariado para organizar este Congresso», pelo que Fernando Cabral deveria ter assumido as consequências e «demitir-se».