Arquivo

e-m@il.doc

Bilhete Postal

Não me conformo com a prepotência das empresas informáticas e com as decisões unilaterais no tempo da informação global. Há dias não me apercebi que havia uma conta iol.pt que era obrigatório pagar para estender a capacidade da minha conta. Não paguei. Cortaram-me a capacidade de receber mails. Quis reduzir a capacidade para 100 mega e assim ficava com a caixa curta mas funcional. Nada. Cortaram-me a capacidade de mover os mails. Depois liguei-lhes e paguei. Nada. O silêncio atroz. Voltei a ligar e de novo nada. Era feriado e depois fim-de-semana – tem de aguardar. Mas o mail é uma extensão de mim, um bocado de mim no firmamento da Matrix. Tivesse pago! Bem sei, mas já paguei e preciso disto. Nada a fazer, há que esperar. dcabrita@iol.pt estava morto por 12 euros. Uma vida apagada por baixo preço. Indignado criei um mail maior, mais extenso que o anterior, com mais funções e sobretudo gratuito. Incrível como eu pagava o que outros me davam melhor e maior. Eu na Matrix sou uma besta, pago a palha que outros dão. Mas não percebem que assim eu deixo a iol? Tem que pagar e nós avisámos! Não dei conta, disse envergonhado. São só 12 euros… não precisavam matar-me. Só depois percebi como é imenso dinheiro no reino em que os outros oferecem tudo. Agora vou ser antunescabrita@gmail.com à borla.

Por: Diogo Cabrita

Sobre o autor

Leave a Reply