Com o início do período estival a coincidir com as férias escolares é sempre um “drama” para as famílias saber onde, a fazer o quê e com quem os seus filhos ficam. Apesar destas questões já existe uma rede de instituições que faculta um conjunto vários de actividades para a ocupação dos tempos livres, muitas delas com actividades muito dinâmicas.
Uma dessas instituições que a nível nacional proporciona um conjunto de actividades para as férias é o “Ciência Viva – Ciência no Verão” (link:http://www.cienciaviva.pt/home/). Este programa procura “aguçar” a curiosidade cientifica de jovens para alguns aspectos do nosso quotidiano. Contudo, este enquadramento etário não é restrito estando sempre abertos a todos os que queiram participar. Tem como principais observações astronómicas, passeios científicos em zonas praia e campo.
Outra actividade de componente científica que os jovens podem realizar estas férias são os estágios em instituições cientificas ao lado de investigadores. Esta ocupação proporciona aos jovens um contacto com o mundo da investigação científica mesmo antes de ingressarem no ensino superior. Durante o período de duas semanas o método científico está ao alcance de uma bancada de laboratório.
Mas será que estas férias científicas são isoladas dos pais?
Recordo-me de numa visita a um centro de ciência numa capital europeia e ter ficado deslumbrado com a participação dos pais em actividades para as crianças e de como eles intervinham fervorosamente.
Neste sentido julgo que férias cientificas podem também acontecer em família, através de um visita a um Museu ao a um Centro de Ciência Viva (ver sugestão de leitura). A visita a estes espaços culturais que, felizmente, já existem um pouco por todo o país pode ser um bom momento de interacção familiar.
Depois de algumas sugestões para férias científicas, coloca-se a questão: Qual a vantagem das férias científicas?
O conhecimento científico e tecnológico é, hoje, consensualmente apontado como um dos principais pilares das dinâmicas de desenvolvimento económico, social e cultural das sociedades contemporâneas. Neste sentido, a influência social da ciência propagou-se às diferentes formas de pensar, às disposições cognitivas e orientações da acção da vida quotidiana das sociedades , de tal modo que, nas últimas duas décadas, assistiu-se ao incremento de debates acerca de temas científicos e tecnológicos na sociedade.
O cidadão necessita de participar activamente na discussão destes temas, precisa de entender as grandes questões que se põem à ciência na época contemporânea sendo, deste modo, importante alargar à população em geral, ou pelo menos a segmentos tão vastos quanto possível, a apreensão de aspectos fundamentais inerentes à ciência.
Sugestão de leitura
Nome: Turismo Científico em Portugal
Autor:Rui Cardoso
Editora: Assírio & Alvim
Colecção: Rosa-dos-Ventos
Tema: Turismo
Ano: 2007
ISBN 9789723712384
Sinopse: O objectivo deste livro é dar a conhecer aos que se interessam por ciência alguns locais e entidades que, de outra forma, poderiam passar despercebidos.
Organizado de forma a facilitar a consulta, é um guia que se divide segundo as regiões do país (Lisboa e Vale do Tejo, Norte, Centro, Alentejo, Algarve, Açores e Madeira). Por sua vez, as regiões repartem-se nos concelhos que as compõem, e estes são dispostos alfabeticamente.
Durante o Verão, a Ciência Viva coloca a Astronomia, a Geologia, a Biologia, os Faróis e a Engenharia nos programas de férias em Portugal. Este roteiro complementa esse contacto directo, privilegiado, entre cientistas e público.
O presente volume inaugura uma colecção que se abre às cidades e que coloca a ciência na mão e no coração dos portugueses e de todos os cidadãos que nos visitam.
Por: António Costa