A urgência de Ortopedia e Ginecologia Obstetrícia do Hospital da Guarda continuam a ter constrangimentos pontuais, mas o diretor clínico da Unidade Local de Saúde da Guarda, Nuno Sousa, acredita que «algumas faz falhas ainda podem ser resolvidas». O médico especifica que em «ginecologia há apenas um constrangimento, mas na ortopedia há falhas pontuais, sendo que os prestadores de serviço são mais difíceis de contratar nesta fase».
O diretor clínico da ULS da Guarda adianta que vai ser criado um Centro de Responsabilidade Integrada na Urgência do Hospital Sousa Martins com o objetivo de «atrair mais médicos». Os centros de responsabilidade integrada entraram em vigor em Janeiro de 2024 e são constituídos por médicos, enfermeiros, assistentes técnicos e técnicos de auxiliares de saúde, sendo que cada instituição pode decidir as profissões necessárias para o serviço em questão.
Os tempos de espera são uma preocupação também no que toca às listas de espera cirúrgicas. Nuno Sousa conta que quando o novo CA chegou à ULS da Guarda encontrou um «atraso muito grande em cirurgias ortopédicas e, de uma forma global, conseguiram desbloquear os vários SIGIC (Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia)», pelo que o objetivo da nova equipa é «ter a lista de inscritos para cirurgia mais resolvida para meados do ano». Ou seja, quando o hospital público não consegue realizar uma cirurgia dentro do tempo estipulado, o SIGIC propõe transferir o doente para um outro hospital público ou emite um vale-cirurgia para que o utente recorra a um hospital privado.
Utentes terão de ligar SNS 24 antes de se dirigirem à urgência geral do Sousa Martins
Nas próximas semanas vai entrar em vigor na urgência do Hospital da Guarda o sistema de “Ligue Antes, Salve Vidas”, segundo adianta a O INTERIOR o diretor clínico da ULS da Guarda, Nuno Sousa. A Unidade Local de Saúde candidatou-se ao programa pelo que «é expectável que nas próximas semanas, doentes específicos, tendo em conta a idade e a situação clínica, tenham de contactar o SNS24 antes de acorrerem ao serviço de urgência».
De qualquer das formas, Nuno Sousa desabafa que de modo geral «já todos devíamos ligar primeiro para a linha de saúde, ou para o número de emergência 112». O diretor clínico recorda que «há situações não urgentes em que os utentes podem ter uma observação em 24 horas com o médico de família numa USF de proximidade».
De qualquer das formas, há que salientar que «as grávidas podem dirigir-se à urgência sem aviso prévio e sem necessidade de contactar a Linha SNS 24».