Região

Hotéis cada vez mais requisitados para o Natal e Passagem de Ano

Serra
Escrito por Sofia Pereira

A Serra da Estrela é um dos destinos mais procurados pelos portugueses para passar o fim de ano e cada vez mais também para o Natal

Os portugueses procuram cada vez mais os hotéis para passar a Consoada e a noite de Natal. Na região da Serra da Estrela, as unidades hoteleiras estão praticamente lotadas, tanto para as noites da quadra natalícia, como para o “Réveillon”. À semelhança dos anos anteriores, a montanha continua a atrair turistas.
Na Guarda, tanto o Hotel Versatile, como o Lusitânia, ambos do grupo IMB Hotels, estão «completos para o Natal», ou seja, noite de Consoada e almoço do dia 25, com «serviços especiais de buffets», segundo adianta o coordenador geral daquele grupo empresarial, David Rebelo. Para a Passagem de Ano, os números referentes à ocupação dos hotéis também são elevados, sendo que no Versatile há «um programa sem animação». David Rebelo adianta que «muitas das reservas para esta altura são de clientes habituais, que vieram em anos anteriores e acabam por passar a palavra a amigos e família», mas mesmo assim, a grande maioria são «portugueses que vêm visitar a família e acabam por dormir no hotel, num ambiente acolhedor».
Os responsáveis pelos únicos hotéis da cidade mais alta «não permitem que a ocupação dos espaços seja de cem por cento» exatamente para que os clientes tenham um «serviço de excelência», segundo David Rebelo, referindo, por isso, que a ocupação está entre «os 80 a 90 por cento», percentagem que é a «ambicionada».
O “coração” da Serra da Estrela é, nesta altura do ano, o destino preferido para muitos visitantes, que procuram a neve. O Luna Hotel, localizado nas Penhas da Saúde, tem a lotação praticamente esgotada, ultrapassando os «92 por cento». Susana Paulo, responsável pela unidade hoteleira, confirma a O INTERIOR que «há realmente cada vez mais famílias a procurar os hotéis para passar o Natal», até porque esta quadra «está relacionada com o frio e com estas paisagens magníficas da Serra». O fim de ano no Luna Hotel conta já com «60 por cento de ocupação», número que a responsável justifica com a «obrigatoriedade de três noites, o que retrai a procura». Quanto aos clientes, «85 por cento dos nossos hóspedes são portugueses e os restantes 15 por cento brasileiros», revela Susana Paulo.
Em Gouveia, grande parte da ocupação do Hotel Eurosol também depende turismo da neve. Por enquanto, Cláudia Brito, responsável pela unidade, revela que o hotel da “cidade-jardim” está com «42 por cento de ocupação, mas o maior pico de procura acontece a seguir ao Natal». Mesmo sem festa de “Réveillon”, as reservas para os dias que antecedem a Passagem de Ano rondam os «70 por cento», o que Cláudia Brito considera «positivo, embora estejamos a contar com mais reservas». De resto, são as condições meteorológicas que influenciam a procura do Eurosol: «Se cair neve, as reservas disparam», garante a responsável, segundo a qual «de há três anos para cá o nosso mercado para o “Réveillon” é maioritariamente de nacionalidade brasileira, neste momento são 40 por cento das reservas já feitas».
O Cró Hotel Rural, na Rapoula do Côa (Sabugal), é outra das unidades hoteleiras que «vive do fenómeno da Serra da Estrela», apesar de estar mais afastado da montanha. Contudo, isso «não se reflete na noite de fim de ano», segundo a diretora do hotel, Maria João Soares. A unidade hoteleira já está lotada para a Passagem de Ano, com uma festa «dedicada às boas energias, com experiências de bem-estar nas termas e spa do Cró, e uma sessão de meditação e “yogalates”», realça. Do mesmo grupo, o Longroiva Hotel Rural & Termal Spa, naquela localidade da Mêda, também vai ter um “Réveillon” temático, desta vez com ênfase «no património». Aqui, a taxa de ocupação está nos «90 por cento», informa Maria João Soares, que adianta que vai haver um «menu de gala, um menu vínico», entre outros momentos.
No distrito vizinho de Castelo Branco, no Fundão, o cenário de lotações esgotadas repete-se. No Hotel Alambique, o restaurante está indisponível na Consoada, «pelo que as reservas são mais baixas do que o habitual, rondando os 50 por cento. Para a noite de Natal, mesmo sem programação, temos mais de 100 quartos preenchidos», uma vez que há quem «visite a família, mas fique a dormir no hotel», diz o diretor José Almeida. Já no Convento do Seixo, do mesmo grupo hoteleiro, a ocupação para o Natal é de «100 por cento», sendo que há um programa de Consoada e Dia de Natal, acrescenta o responsável. Já a ocupação para a festa de fim de ano nestas duas unidades hoteleiras «está praticamente a 100 por cento», afirma José Almeida.
O diretor sublinha que «90 por cento» dos hóspedes do Alambique são portugueses. Na sua opinião, passar o Natal em hotéis «está a tornar-se uma tendência. Há cada vez mais gente a querer passar a Consoada em espaços como estes, sem terem de ficar em casa de familiares», considera José Almeida. No Paul, no concelho vizinho da Covilhã, o Cherry Sculpture Hotel é mais uma unidade hoteleira lotada até ao final deste ano. A diretora, Margarida Campos, afirma que «no final de novembro» as reservas já estavam fechadas: «Já estávamos a contar que houvesse procura, mas nunca pensámos fechar um final de ano desta forma», admite em declarações a O INTERIOR. Seja para o Natal ou para o “Réveillon”, a lotação daquele que é conhecido pelo “hotel das cerejas” é de «100 por cento», confirma a responsável.

Sobre o autor

Sofia Pereira

Leave a Reply