Foi inaugurada há dois meses em Melo (Gouveia) e já foi visitada por cerca de 800 pessoas. A “Casa Vergílio Ferreira – Para Sempre” é um espaço «único na região e no país» que tem atraído a curiosidade de seguidores do romancista, mas também de vários grupos.
O balanço é de Catarina Santos, coordenadora da Biblioteca Municipal Vergílio Ferreira, segundo a qual a reação das pessoas «é muito positiva» e, essencialmente, «de espanto» porque é uma «casa diferente, uma casa de arte». A responsável esclarece que o visitante «não encontra o prato onde o escritor comeu ou a cadeira onde se sentava. Em cada divisão há uma instalação artística que tem a ver com uma obra, pensamento do escritor ou da sua vida. Muita gente vem na expetativa de encontrar objetos pessoais, mas é confrontado com arte que nos dá a conhecer o pensamento de Vergílio Ferreira».
Catarina Santos justifica as oitocentas entradas registadas na “Casa Vergílio Ferreira – Para Sempre” com a inauguração pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, «a seguir ao festival “Nome da Terra”», mas também pela procura aos sábados e por haver, de 15 em 15 dias, visitas guiadas. A coordenadora da Biblioteca Municipal de Gouveia considera tratar-se de um espaço «único no país», uma vez que não conhece «mais nenhuma casa de escritores concebida desta forma, menos ainda na nossa região». É, por isso, um equipamento «diferenciador», acredita.
O escritor Gonçalo M. Tavares, juntamente com uma autora turca, vai inaugurar as residências literárias na “Casa Vergílio Ferreira” com um curso sobre «escritores de língua portuguesa no mundo contemporâneo, nomeadamente sobre o autor natural de Melo», adiantou a responsável. As inscrições terminam esta quinta-feira, sendo que a residência vai realizar-se no fim-de-semana, entre as 14 e as 18 horas.