Sociedade

Comandante da GNR reafirma que a Guarda é um distrito seguro

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Escrito por Carlos Gomes

Coronel Pedro Gonçalves destaca que, sendo a Guarda um distrito envelhecido, o principal foco de atuação da GNR terá de estar nas pessoas idosas

Os idosos são «o principal foco» de atuação da GNR no distrito da Guarda, que é um dos mais seguros do país, afirmou hoje o comandante do Comando Territorial no Dia da Unidade.
As comemorações, que incluíram uma cerimónia e parada militar, decorreram no Largo da Corredoura, em Celorico da Beira, no distrito da Guarda, e contaram com a presença do Comandante-geral da GNR, o tenente-General Rui Veloso. No seu discurso, o coronel Pedro Gonçalves, comandante do Comando Territorial da Guarda, afirmou que «prestar segurança no interior não é a mesma coisa que no litoral». Na Guarda, a GNR tem que «olhar para a sua comunidade e ver quais são as suas necessidades. Por ser um distrito envelhecido, o nosso foco terá que estar sobretudo nos idosos para os quais tentamos adequar os nossos modelos de atuação diária», disse o oficial.
«São pessoas mais vulneráveis não só pela sua idade, mas também porque muitos deles vivem numa situação de isolamento e solidão que os torna alvos mais apetecíveis para quem vem por mal», acrescentou. De acordo com os últimos Censos Sénior, a Guarda é o distrito com mais idosos a viver sozinhos e/ ou isolados, tendo a operação da GNR registado 5.606 caos, mais 129 face ao ano anterior. O coronel Pedro Gonçalves lembrou também que a Guarda é um distrito seguro. «Os índices de criminalidade assim o dizem. São reduzidos, felizmente, sobretudo se falarmos de criminalidade violenta e grave, esses então são residuais».
Contudo, a proximidade com a fronteira espanhola exige uma «atenção especial» por parte da GNR. «Vilar Formoso é uma das maiores fronteiras terrestres do país, por onde passam milhares de viaturas e pessoas. Este Comando territorial está, por isso, empenhado na deteção de novos tipos de criminalidade e de pessoas que venham criar desconforto à nossas populações», assumiu. Quanto aos efetivos, o coronel Pedro Gonçalves realçou que «os meios humanos nunca são os que um comandante gostaria, mas posso garantir às pessoas do distrito que temos os recursos necessários para continuar a combater a criminalidade e a manter este distrito como um dos mais seguros a nível nacional». «A nós, comandantes, compete-nos potenciar e rentabilizar aquilo que temos, em termos de militares e de viaturas», acrescentou.
Já em termos de instalações, «estamos neste momento a aguardar que comece a empreitada de reabilitação do posto de Figueira de Castelo Rodrigo e estão em andamento as intervenções no posto de Almeida e de Seia, que são as instalações que nos preocupam mais». Sobre o futuro do Comando Territorial, Pedro Gonçalves sublinhou que «já é publico que a Câmara Municipal da Guarda tem intenção de deslocalizar o Comando para junto das instalações da UEPS [antiga Escola de São Miguel], mas é um processo que cabe à tutela resolver em conjunto com a autarquia».
Para Sérgio Costa, autarca guardense, «a Câmara continua empenhada numa solução que se arrasta há dezenas de anos. Estamos a dialogar com todas as instâncias e a solução final está bem avançada». O Comandante-geral da GNR, tenente-General Rui Veloso, destacou no discurso que os Censos Sénior e o projeto de teleassistência e-Guard «exemplificam bem a abordagem humana que nos permite estar mais próximo dos que mais precisam, nomeadamente dos idosos e dos cidadãos mais vulneráveis». Paralelamente, o Comando Territorial da Guarda da GNR também «tem vindo a assumir um papel de destaque» na proteção e socorro e na proteção da floresta contra incêndios, através da operação Floresta Segura.

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Carlos Gomes

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