Sociedade

Misericórdia da Covilhã abre inquérito e vai despedir educadora acusada de maltratar crianças

Escrito por Luís Martins

Um grupo de pais apresentou uma queixa-crime à PSP da Covilhã contra a educadora dos seus filhos devido, alegadamente, a «gritos, berros, safanões, humilhações e até agressões físicas» que ocorreram no jardim de infância Mundo da Fantasia, da Misericórdia da Covilhã.

Na exposição entregue às autoridades é referido que a educadora «chegou a dar um estalo a uma criança no refeitório porque esta não queria comer, além de obrigar todos a comer, mesmo que vomitassem». Além disso, «não deixava as crianças irem à casa de banho quando sentiam essa necessidade» e discriminava quem tinha «problemas de saúde». O caso é revelado pelo “Jornal de Notícias” desta quinta-feira.

Os episódios denunciados aconteceram numa sala do pré-escolar, com meninos dos 3 aos 5 anos, no ano letivo de 2022/2023. Algumas das crianças acabaram por ser transferidas da instituição este ano letivo e outras transitaram para o 1º ciclo. Na instituição da Covilhã apenas ficaram três. A queixa terá sido subscrita também pela auxiliar da sala, que acabou por se demitir. Quanto à educadora, a Misericórdia já concretizou a sua suspensão e abriu um inquérito.

«Já não aguentava mais assistir a alguns episódios sem conseguir travá-los», disse a ex-auxiliar ao JN, garantindo que a educadora «é má para as crianças e para as funcionárias». A denúncia foi remetida ao Ministério da Educação, que já pediu explicações à Misericórdia. Ao diário, o provedor António Neto Freire garante que a mulher vai ser despedida e que há «tolerância zero» para parte da instituição.

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Luís Martins

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