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Cine Clube da Beira Interior quer novos públicos

Colectividade da Covilhã assume não ter actualmente condições para promover um festival de cinema

O Cine Clube da Beira Interior (CCBI) quer chegar a mais público e fomentar uma maior interacção entre os seus associados. Estas são algumas das ambições da jovem direcção presidida por Luís Nogueira, que, na semana passada, apresentou o plano de actividades para este ano. Fora dos projectos está, por enquanto, a realização de um festival e cinema de grande monta, como já sucedeu em anos anteriores.

O presidente do CCBI, sediado na Covilhã, explica que, neste momento, a colectividade «não tem condições para levar a cabo uma iniciativa de grande envergadura que exija recursos financeiros e humanos, para além da logística, em grande escala». Luís Nogueira adianta ter sido por isso que o festival Novidad – Mostra de Sons em Imagens, organizado em 2005, tenha sido suspenso. No entanto, o Cine Clube tem outras iniciativas programadas para 2007, que são «importantes e colmatam, de alguma forma, essa falha», realça o professor de Guionismo no departamento de Artes e Letras da Universidade da Beira Interior. O destaque vai para a Mostra de Cinema Cru, a avaliar pela «óptima aceitação» que a primeira edição registou. Para além das várias mostras e “workshops” a promover, a direcção destaca também as extensões na Covilhã de festivais como o IMAGO, de Vila do Conde, Cinanima, Doclisboa e IndieLisboa. O CCBI aproveitou ainda a conferência de imprensa para apresentar a sua nova imagem e um site completamente remodelado em www.ccbi.ubi.pt.

Com estas alterações, a direcção espera que o site seja «um complemento da sede, que, pela sua localização, não possibilita uma utilização mais frequente». Lá podem encontrar-se um conjunto de novas funcionalidades que pretendem «aproximar mais os sócios da direcção e diversificar o tipo de associados», bem como chegar a todos os escalões etários. Os novos alunos da UBI, os estudantes do secundário e os cinéfilos de provecta idade são os «novos públicos» que o CCBI quer cativar. «O sócio vai poder fazer tudo on-line, desde pagar quotas, informar-se das actividades e até ver filmes», destacou Luís Nogueira, anunciando também condições mais vantajosas para os associados. O CCBI é apoiado pela Universidade da Beira Interior, Instituto Português da Juventude e ICAM – Instituto do Cinema, Audiovisual e Multimedia, mas estão a decorrer conversações com a Câmara da Covilhã, cujo apoio financeiro, «e não só», tem «grande relevância», reconhece. Aliás, «só podemos prestar um bom serviço à cidade e à região mais próxima se tivermos esse apoio», indica o presidente. Actualmente, o Cine Clube tem à sua disposição três espaços de exibição: o Teatro-Cine, o bar da AAUBI e a Cinubiteca.

Ricardo Cordeiro

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