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«Com a nova direcção, o CPT ganhou uma “nova vida”»

Cara a Cara – Entrevista

P – Qual é a dinâmica do Centro Popular dos Trabalhadores dos Pinhos Mansos, um clube de bairro do Tortosendo, quando comemora o seu 52º aniversário?

R – Neste momento o CPT tem um grupo de dança de ginástica, uma equipa de futsal, mas apenas para participar em torneios e não para competição, já que não temos grandes verbas, e uma equipa de atletismo. Estas três modalidades foram reactivadas com esta nova direcção, que está a trabalhar há nove meses, e, actualmente, são as que temos. Importa também dizer que somos um clube de bairro do Tortosendo que conta já com cerca de 800 associados espalhados por diversos pontos do concelho.

P – Pode dizer-se então que com a entrada da nova direcção, o CPT ganhou uma “nova vida”?

R – Tenho que responder que sim. Isto só é possível porque todos nós somos bastante jovens. Como presidente sou eu que dou a cara ao projecto, mas tenho o apoio de uma equipa muito jovem e dinâmica. Não me canso de dizer que sem eles não se conseguia fazer o que se está a fazer nos Pinhos Mansos, porque isto é um trabalho de um colectivo e não de uma pessoa.

P – Porquê a inauguração de uma sala dedicada a João Rodrigues?

R – A abertura dessa sala de jogos foi o momento mais importante das comemorações do 52º aniversário do Centro. João Rodrigues foi o atleta que mais provas ganhou com a camisola do CPT dos Pinhos Mansos. Em 1982 foi campeão nacional de corta-mato e estrada, para além de ter representado a selecção nacional do Inatel em dois países, daí que a direcção tenha proposto à Assembleia Geral baptizar aquele espaço com o nome de João Rodrigues. Até porque achamos que as coisas boas têm que ser feitas enquanto as pessoas estão vivas e ainda as podem saborear. João Rodrigues é uma bandeira do clube.

P – Qual foi o resultado final da campanha de Natal, promovida pela colectividade, de angariação de brinquedos para as crianças mais carenciadas do concelho da Covilhã?

R – A iniciativa foi um êxito. Inicialmente, o nosso objectivo era conseguir uma tonelada de brinquedos e, felizmente, ultrapassámos em muito essa meta. Foi muito bom, porque acabámos por entregar brinquedos a todas as Juntas de Freguesia do concelho que o solicitaram, a diversas instituições, Centros de Saúde, infantários e conferências, entre outras. O objectivo era pôr as crianças com um sorriso “de orelha a orelha” e conseguimos.

P – Quantos brinquedos foram recolhidos?

R – Conseguimos ultrapassar os 2.500 brinquedos.

P – É preocupação do Centro ter este tipo de intervenção de carácter social?

R – Normalmente, todas as colectividades têm nos seus estatutos a palavra solidariedade e nós não a queremos esconder. Pelo contrário, queremos sublinhá-la e penso que quem está no associativismo também tem essa obrigação e dever para com a sociedade. A campanha foi a primeira acção do género que fizemos e foi uma iniciativa inédita não só no CPT, mas em todo o concelho. É para manter, assim como os nossos parceiros, e esperamos atingir em 2007 pelo menos os mesmos números de 2006.

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