O Governo vai anunciar no primeiro trimestre deste ano o novo mapa do dispositivo territorial da GNR e da PSP. De acordo com o ministro de Estado e da Administração Interna, «existe um défice de instalações e de equipamentos na GNR e na PSP», problemas que serão resolvidos com critérios «selectivos e rigorosos» em relação aos futuros investimentos naquelas áreas.
O novo desenho do dispositivo da GNR e da PSP espalhado pelo país, em preparação pelo Governo, vai implicar o encerramento de alguns postos de ambas as forças de segurança e a abertura de outros, ajustados às necessidades detectadas. Segundo um estudo pedido a uma consultora pelo Ministério da Administração Interna, os postos da GNR com menos de 12 efectivos e as esquadras da PSP com menos de 20 deverão ser extintos. O documento aponta que, nessa situação, estão 22 por cento (108) dos postos territoriais da GNR e 18 por cento (37) das esquadras genéricas da PSP. O ministro António Costa já afirmou, em várias ocasiões, que as reformas na orgânica e no dispositivo territorial permitirão criar uma lei de programação dos equipamentos e das instalações das forças de segurança. No caso do distrito da Guarda, se o estudo realizado pela consultora Accenture for cumprido à risca, sete dos 25 postos da GNR do Grupo Territorial da GNR vão ser extintos. Em risco estão os postos da GNR de Pínzio e Freixedas (ambos no concelho de Pinhel), Miuzela (Almeida), Freixo Numão (Vila Nova de Foz Côa), Vila Franca das Naves (Trancoso), Loriga (Seia) e Vila Nova de Tazem (Gouveia). Na PSP, pode estar em causa a esquadra de Gouveia.