Está a nascer em Seia uma das maiores igrejas do distrito. A obra, cuja construção está em fase adiantada, terá capacidade para 580 lugares sentados e é considerada «uma obra importante, não só como templo de oração, mas também como uma mais-valia para a cidade», sublinha o padre Joaquim Teixeira, que preside à Comissão da Fábrica da Igreja.
A ideia da construção de um novo templo de oração, dedicado a Nossa Senhora do Rosário, surgiu há cerca de 20 anos, quando a Câmara de Seia ofereceu à comissão fabriqueira um terreno para ali ser construído um complexo de cariz social, que englobaria a igreja e um centro cultural e recreativo. Porém, esta segunda fase do projecto acabou por ser adiada devido à falta de verbas. Entretanto, após vários anos de espera e contratempos quanto aos financiamentos, a empreitada arrancou em Agosto de 2006, estando já concluída toda a estrutura. A inauguração da Igreja de Nossa Senhora do Rosário está agendada para Outubro. O edifício é formado por quatro blocos que comportam uma nave principal, zona de serviços, capela mortuária, que será subterrânea, e torre sineira. Todos os espaços foram estudados de modo a privilegiar a funcionalidade e a interdependência entre si. Será ainda criado um passeio ao longo de todo o terreno, que faz extrema com a via pública, para facilitar a circulação a pé, estando ainda prevista a construção de estacionamento no interior do complexo.
A nave principal terá capacidade para cerca de 580 pessoas sentadas, incluindo também o espaço para pais com crianças, instalações sanitárias, sacristia, nartex e, no topo direito, a capela diária com capacidade para cerca de 50 pessoas sentadas. Na zona de serviços ficará instalado o arquivo, cartório, sala de espera, sacristia, sala para arranjo de flores, arrumos, sala de reuniões e zona de circulação. Já a capela mortuária será dotada de antecâmara, sacristia, bar e instalações sanitárias, enquanto a torre fará a ligação entre este espaço e a igreja. O projecto é da autoria do arquitecto Caldeira Cabral e foi adjudicado por mais de 1,3 milhões de euros à construtora Manuel Rodrigues Gouveia, S.A., pelo prazo de 795 dias. No entanto, apesar do elevado valor de construção, o padre Joaquim Teixeira mostra-se confiante e afirma que espera continuar «a receber muitos donativos», desejando «aproximar mais a população da Igreja» com este novo templo. Quanto ao valor dos donativos já angariados, o pároco preferiu não adiantar números. O que se sabe é que não dispensa os meios ao seu alcance. Na segunda quinzena de Dezembro, o jornal local “Porta da Estrela” incluiu uma missiva de Joaquim Teixeira a apelar à contribuição dos fiéis. «A obra é valiosa e acarreta muita despesa. A vossa colaboração e a vossa generosidade torna-se indispensável. Ninguém fica mais pobre e em cada um, através dos tempos, permanece a alegria de se encontrar ali na construção de uma parede, de uma porta, de um altar, de um vitral, de tudo quanto poderá engrandecer a casa de Deus», pode ler-se na carta.
Tânia Santos