O presidente da concelhia da Guarda do Partido Socialista (PS), António Monteirinho e a vereadora Adelaide Campos, anunciaram esta quinta-feira em conferência de imprensa que o PS vai levar à próxima reunião do executivo guardense uma proposta para que o município apresente «um relatório mensal sobre a evolução das obras relacionadas com o empréstimo de longo prazo», no valor de 7 milhões e 700 mil euros, que vai servir para assegurar a componente municipal nos investimentos nas freguesias, na sequência dos incêndios e das intempéries, e ainda para requalificar o Parque Infantil do Polis e para as obras do estaleiro municipal.
Um empréstimo aprovado por maioria com a abstenção da vereadora socialista. António Monteirinho diz tratar-se de «fiscalizar a correta aplicação dos fundos do erário publico».
O líder da concelhia da Guarda do PS refere ainda que «fomos confrontados, na sequência da última reunião da Câmara Municipal da Guarda, com uma inoportuna declaração do senhor presidente da Câmara, sobre a atitude da oposição relativa aos pedidos de empréstimo do município para financiamento de obras e investimentos municipais, bem como, sobre alteração orçamental proposta». António Monteirinho refere que «a oposição viabilizou as propostas do executivo, não se compreendendo, pois, que o senhor presidente tenha qualificado como “Ato de Contrição da Oposição” uma atitude, que pelo contrário, deveria ser por ele qualificada “responsável”» e que «não é com qualificações deste teor que a vida política municipal é dignificada e as relações políticas e institucionais valorizadas e melhoradas».
O dirigente socialista sublinha também que «o PS se absteve no que concerne ao empréstimo relativo a investimento municipais, relacionados com os eventos únicos e excecionais decorrentes dos incêndios rurais e das cheias e inundações que assolaram parcialmente o nosso concelho em agosto de 2022, por considerar que as pessoas e os territórios afetados por estas catástrofes, necessitam de uma atenção especial por parte das entidades públicas, a fim de mitigar os efeitos da devastação».
A vereadora Adelaide Campos também sublinha que «este empréstimo tem a ver com uma situação excecional, única e catastrófica e, por isso, pareceu-nos imprescindível que os cidadãos do concelho da Guarda tivessem acesso a tudo aquilo que é obrigatório para a sua qualidade de vida e concretização dos seus investimentos». Adelaide Campos também critica as declarações de Sérgio Costa, qualificando-as como «desfaçatez, arrogância e fanfarronice».
Para a vereadora do PS «continua a ser necessária a apresentação de um novo orçamento para 2024», sendo que, o PS «não está disponível para continuar a “saltaricar” de ponto em ponto», como aconteceu na recente reunião do executivo.