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Iberdrola recorre no concurso de atribuição de potência eólica

Consórcio considera que a decisão do júri contém ilegalidades e solicita a declaração da ineficácia dos actos já executados

O consórcio Novas Energias Ibéricas, liderado pela Iberdrola e Gamesa, anunciou terça-feira que recorreu para o ministro da Economia da decisão do júri do concurso de atribuição de potência eólica que o excluiu da fase de negociação.

Em comunicado, o agrupamento revela também que interpôs uma providência cautelar no Tribunal Administrativo e Fiscal de Lisboa para interromper o processo. O consórcio considera que a decisão do júri contém ilegalidades e solicita a sua readmissão a concurso, bem como a suspensão da eficácia da deliberação e a consequente declaração da ineficácia dos actos já executados. Ou seja, as negociações com os consórcios concorrentes. O concurso de atribuição até 1000 MW de potência eólica encontra-se agora numa segunda fase, para a qual haviam sido seleccionados os consórcios liderados pela EDP e a Galp, tendo o júri afastado a 4 de Agosto as propostas apresentadas pela Iberdrola e a Enel Unión Fenosa, terceiro e quarto classificados, respectivamente.

Recorde-se que a candidatura liderada pelas espanholas Iberdrola e Gamesa pretendia investir na Guarda 100 milhões de euros. As líderes ibéricas neste sector tinham escolhido a cidade para localizar uma unidade de produção de componentes e montagem de aerogeradores, um centro logístico e um centro de despacho de energia eólica para Portugal e as regiões espanholas vizinhas. O consórcio previa criar 300 novos postos de trabalho directos neste “cluster”, que se prolongava em Paços de Ferreira com duas fábricas para produzir pás e electrónica de potência.

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