O sexto número da colecção “Gentes da Guarda”, editada pela autarquia, é dedicado ao General Adalberto Sousa Dias. O livro intitulado “General Sousa Dias – Militar Republicano Patriota” é da autoria do major-general Augusto Monteiro Valente e será apresentado amanhã, ao final da tarde, no auditório do Paço da Cultura. O general Sousa Dias faleceu em Cabo Verde, mas o seu corpo foi secretamente transladado para um jazigo do cemitério da Guarda, onde ainda se encontra. Com este livro, o autor espera recordar a vida deste militar e «não deixar esquecer os feitos da democracia e de quem lutou por ela contra a ditadura». Adalberto Sousa Dias foi homenageado, no ano passado, pela Escola Superior de Educação da Guarda (ESEG) que acolheu a primeira homenagem a nível nacional ao general que chefiou o primeiro “25 de Abril” falhado, como ficou conhecida a revolta do Porto, em Fevereiro de 1927. Nos últimos anos, a Associação 25 de Abril tem reivindicado uma homenagem nacional e a realização de um funeral de Estado com honras militares inerentes ao posto de general. Adalberto Sousa Dias, natural de Chaves, faleceu no Mindelo (Cabo Verde) em 1934, para onde foi deportado após ter participado em várias revoltas militares. Foi um acérrimo opositor da ditadura militar, tendo participado com Aquilino Ribeiro e outros na falhada revolta militar de Pinhel. O seu féretro foi secretamente transladado para o cemitério da Guarda, tendo sido inicialmente depositado num jazigo cedido pela família Balsemão.
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