A Assembleia Municipal (AM) de Pinhel aprovou, por unanimidade. uma nova moção contra «o esvaziamento de serviços» do Centro de Saúde local. O documento ratificado na sessão do passado dia 27 de abril vai ser enviado á Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda, ao secretário executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e ao ministro da Saúde.
Dois meses depois de «um primeiro alerta», que foi «ignorado», todos os deputados municipais pinhelenses votaram favoravelmente a moção apresentada pela presidente deste órgão autárquico, Ângela Guerra. «Quando a saúde nos falha, falta-nos tudo! E quando a pouca saúde que ainda tínhamos nos nossos territórios, ao nosso alcance, ao nível dos cuidados de saúde primários, junto do nosso Centro de Saúde, se começa a diluir em conversas e promessas é, acreditamos, chegada a hora de outras formas de luta», avisou a eleita social-democrata.
De acordo com o documento, a AM de Pinhel e os eleitos locais que a integram «não se conformam, nem podem conformar-se», com a situação vivida no Centro de Saúde local e reivindicam «saúde de qualidade e de proximidade para a nossa população tão envelhecida e com territórios tão extensos e com tantas dificuldades de mobilidade, onde pura e simplesmente não existem transportes públicos».
Nesse sentido, esta segunda moção avisa que «não nos podemos continuar a conformar com meros anúncios da contratação de médicos e demais profissionais de saúde, esta contratação tem de acontecer efetivamente, estes profissionais têm de chegar até aos nossos territórios e às nossas Unidades de Saúde Familiar». Para o presidente da Câmara de Pinhel, Rui Ventura, «se não formos recebidos e ouvidos nos próximos dias, não hesitaremos em organizar ações de protesto que deem eco e visibilidade a este problema que é muito sério e muito grave».