Armindo Monteiro foi eleito presidente da CIP – Confederação Empresarial de Portugal na passada quinta-feira com 87 por cento dos votos.
O empresário guardense com negócios nos setores das tecnologias e construção civil era um dos vice-presidentes daquele organismo há mais de uma década. Com um programa denominado “A Força da Economia é a Força de Portugal”, Armindo Monteiro pretende promover uma «relação laboral equilibrada». «A CIP é um parceiro social com concertação permanente, juntamente com os sindicatos, para a definição de tudo que tenha a ver com a legislação laboral e o enquadramento do trabalho. A Agenda do Trabalho Digno não foi suficientemente discutida com os parceiros, nem com as confederações patronais, nem com os sindicatos, mas o papel da CIP é exatamente esse, o de promover o diálogo para esta relação laboral», afirmou o empreendedor em declarações a O INTERIOR.
O empresário não esconde a preocupação com o momento difícil que o país atravessa, mas considera que cabe aos empresários «procurarem soluções de equilíbrio. Temos uma guerra no continente, temos as famílias com dificuldades de vária ordem para suprir as suas necessidades. Temos falta de horizonte e é importante que nós consigamos ver para lá destas dificuldades». Tal como já tinha realçado num almoço-debate, promovido pelo NERGA no passada dia 3 de março, na Guarda, é importante que exista união. «Não podemos olhar apenas para o nosso umbigo, é preciso conseguirmos ter uma visão integral, que recolha as sensibilidades e as preocupações de todos os lados e só assim vamos conseguir um Portugal mais forte e próspero», sublinhou.
A acompanhar Armindo Monteiro nos novos órgãos sociais da CIP está Orlando Faísca, presidente do NERGA – Associação Empresarial da Região da Guarda, e Nuno Silva, diretor executivo da Comunilog, ambos eleitos para o Conselho Geral para o mandato que se estende até 2027. O dirigente associativo declarou que «é um prazer representar os nossos territórios» e a lista encabeçada por Armindo Monteiro engloba várias regiões e «várias tipologias de associações empresariais e setoriais». Quanto ao novo presidente da CIP, considera que é «a pessoa indicada para assumir o cargo». Por sua vez, Nuno Silva destacou a «importância» da presença de guardenses nesta confederação para alertar para os problemas do interior e as suas necessidades. «Pela primeira vez há três pessoas aqui da Guarda e cabe-nos a nós fazer o que pudermos para colocar a Guarda neste panorama das empresas, na rede “networking” que é muito importante».
O empresário do setor da formação profissional acrescentou que «podemos trazer alguns imputes, sensibilizar a CIP para algumas situações empresariais do interior» e, consequentemente, «promover estes territórios de baixa densidade populacional». A CIP é a mais representativa estrutura patronal do país (com mais de 150 mil empresas). A tomada de posse dos novos órgãos sociais para o mandato, que se estende até 2027, está agendada para 12 de abril.
Armindo Monteiro eleito “patrão dos patrões”
Para o Conselho Geral da CIP foram eleitos Orlando Faísca, presidente do NERGA – Associação Empresarial da Região da Guarda, e Nuno Silva, diretor executivo da Comunilog