Devemos ao biólogo e naturalista inglês Charles Robert Darwin (1809-1892) a teoria da evolução das espécies. Esta teoria é o produto das observações feitas por Darwin durante uma viagem no navio HMS Beagle (que explicou em “Zoologia da Viagem Beagle”, 1839-1843, e em “A Viagem Beagle – Viagem de um Naturalista à Volta do Mundo”, 1839), em que participou como naturalista, recolhendo exemplares vivos e fósseis da mesma zona geográfica.
Darwin baseou o seu estudo nas observações que realizou nas ilhas Galápagos: apercebeu-se que os exemplares de animais que viviam em diferentes ilhas do arquipélago mostravam parecenças e diferenças entre si.
As suas reflexões levaram-no a concluir que estes animais tinham a mesma origem, um “antepassado” comum e diferenciavam-se pela sua adaptação às diferentes condições ambientais das diferentes ilhas: a este processo evolutivo, produzido através de mudanças mínimas ocorridas ao acaso, acabando por se impor a caraterística que melhor contribui para a adaptação ao meio, chama-se seleção natural. A teoria da evolução das espécies foi apresentada pela primeira vez no ensaio “A Origem das Espécies”, publicado em 1859: consciente das reações que este livro podia provocar, Darwin trabalhou durante muito tempo até estar seguro das conclusões a que tinha chegado.
A obra suscitou grande interesse, mas, como tinha previsto, também muita polémica, especialmente nos âmbitos científico e religioso, uma vez que se opunha ao criacionismo, a teoria segundo a qual os seres vivos foram criados por Deus tal como são hoje, e o Homem à imagem e semelhança do seu criador. A teoria darwiniana foi confirmada em princípios do século XX com a instituição da genética.
Darwin e a sua teoria da evolução das espécies
Darwin baseou o seu estudo nas observações que realizou nas ilhas Galápagos: apercebeu-se que os exemplares de animais que viviam em diferentes ilhas do arquipélago mostravam parecenças e diferenças entre si.