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Penaltis “incendiaram” monotonia

Mileu empatou no Sabugal com golo de grande penalidade apontado aos 97

Sporting do Sabugal e Mileu empataram, no último domingo, a uma bola, com o golo dos guardenses, que repartem agora o terceiro lugar com o Ginásio Figueirense, a surgir na marcação de uma grande penalidade aos 97 , quando o árbitro tinha dado quatro minutos de compensação. Terminou assim com os ânimos exaltados um jogo que tinha sido bastante morno até aos 80 , altura em que a equipa raiana inaugurou o marcador, também de penalti.

O equilíbrio foi a nota dominante numa primeira parte com pouquíssimos motivos de interesse. O primeiro remate apareceu apenas aos 10 e de fora da área, por intermédio de Ricardito, que obrigou Hélder a sacudir para canto. O Mileu respondeu sete minutos depois, quando Celso, descaído na direita, rematou forte e cruzado, forçando Fred a uma boa defesa. Já o Sabugal esteve muito perto de chegar ao golo aos 29 . Pontapé de canto na esquerda e Manata, de cabeça, acertou no poste com o esférico ainda a ressaltar para um homem da casa, que atirou muito por cima. No regresso das cabinas, o Sabugal, que continua posicionado na segunda metade da tabela, entrou mais forte e dominou até aos 80 , enquanto o Mileu limitava-se a defender. O primeiro sinal de perigo surgiu aos 49 com Batista, de fora da área, a rematar forte, mas, mais uma vez, Hélder opôs-se bem. Aos 68’, dois minutos após ter substituído o lesionado Manata, Rui apareceu frente Hélder, que foi rápido a sair da baliza e evitou o golo dos raianos. Volvidos dois minutos, o guarda-redes do Mileu voltou a brilhar. Dário cobrou um livre à entrada da área, com Vítor a mergulhar de cabeça e a obrigar Hélder a uma excelente defesa com os pés.

A equipa de Vinhas tanto pressionou que acabou por inaugurar o marcador aos 80 , numa grande penalidade que nos deixou bastantes dúvidas. Bola bombeada para a área visitante, onde Rui disputou o lance com Teles e Gaspar, mas o árbitro assistente deu indicações ao seu chefe de equipa de que o central do Mileu jogou o esférico com a mão. Chamado a converter, Dário enganou Hélder. Em desvantagem, os guardenses voltaram a arriscar no ataque, enquanto a formação da casa recuou muito no terreno para segurar a preciosa vantagem. E depois de Delfim e Ferreira terem rematado ao lado, o Mileu chegou à igualdade aos 97 num penalti, mais três minutos que os quatro concedidos por Pedro Afonso. O outro árbitro assistente entendeu que um defesa local jogou a bola com a mão, pelo que o juiz da partida assinalou o castigo máximo para desespero dos sabugalenses, que reclamaram por ainda não ter terminado a partida. Indiferente aos protestos, o jovem Luís Maio fez o empate. O trabalho do trio de arbitragem ficou manchado pelos lances muito duvidosos dos penaltis.

No final, Daniel Vinhas, técnico raiano, mostrou-se revoltado e inconformado com o resultado: «O Sabugal merecia mais porque foi a melhor equipa em campo e a única que procurou a vitória. O árbitro deve ter dado descontos aos descontos para ver se a coisa se compunha… O Mileu foi empurrando e teve depois aquela ajuda divina», acusou. Do outro lado, Liberalino Almeida reconheceu que sempre «é melhor empatar do que perder», considerando que a sua equipa esteve bem em termos defensivos, «mas não ofensivamente».

Ricardo Cordeiro

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