O Departamento de Investigação Criminal da Policia Judiciária (PJ) da Guarda cumpriu, na última quinta-feira, um dia de paralisação contra as medidas implementadas pelo Governo, no âmbito da greve selectiva que vai durar até 18 de Abril em todas as unidades do país.
Em conferência de imprensa, Miguel Freitas, delegado da Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal (ASFIC), explicou que os motivos do protesto prendem-se com o não pagamento das horas extraordinárias, a retirada de verbas para a Polícia e o regime de aposentação que o Governo pretende implementar. «Os objectivos é conseguir que o Governo publique os diplomas relativos à aposentação, aos serviços de saúde e à remuneração das horas extraordinárias, que negociou e acordou com a ASFIC. Contudo, os diplomas publicados não contemplaram o acordo ou nem sequer foram publicados, como é o caso da remuneração do trabalho extraordinário», denunciou. O sindicalista considera que a PJ está a viver um momento de «asfixia financeira» devido a um corte orçamental de 55 por cento e questiona: «Nós queremos saber o projecto do Governo para a Judiciária e o que é pedido à investigação criminal, pois dificilmente poderá haver investigação com cortes tão acentuados», receia, dizendo haver vários meses de atraso no pagamento de ajudas de custo a quem faz os piquetes e as prevenções.