O Aguiar da Beira somou o 11º empate no Distrital da Guarda na recepção ao Manteigas. A equipa de Totá, a única sem nenhuma derrota, desperdiçou assim uma excelente oportunidade para chegar ao segundo lugar da tabela, já que o Mileu foi derrotado.
No último domingo, o Manteigas apresentou-se no Campo Dr. Matos Cid para “discutir” o jogo. Embora jogando à defesa, conseguiu imprimir um bom ritmo durante a primeira metade, saindo da sua área com a bola controlada. Já o Aguiar protagonizou um jogo algo incaracterístico, bombeando constantemente o esférico para a frente, mas sem surtir qualquer efeito positivo. Assim, as oportunidades de golo não foram muitas na primeira metade, já que só por duas ou três vezes os locais incomodaram seriamente o último reduto dos serranos. De resto, foram mesmo os visitantes quem criou a oportunidade mais flagrante. Já perto dos 45’, Marcelo quase surpreendeu Bruno, mas, isolado, permitiu uma defesa apertada para canto. Na segunda metade, tudo mudou e o Aguiar entrou com vontade de resolver o jogo. Com Celso endiabrado e Clemente a recuar, a estrutura da equipa modificou-se e o bom futebol foi aparecendo. Só não surgiram foram os tão desejados golos, mas quem criou o verdadeiro perigo foi o Manteigas, logo aos 47’, quando Nelson, completamente isolado, fez a bola sair ao lado do poste da baliza de Bruno, que estava batido.
Veio depois o festival de ocasiões de golo desperdiçadas pela equipa da casa, umas mal rematadas, outras mal direccionadas. Os remates à baliza foram defendidos por Nogueira e depois pelo seu irmão Fábio, que substituiu o titular por lesão, após um choque violento com Mozer. As oportunidades de golo feito foram tantas que, dito ou escrito, não dá mesmo para descrever tanto desperdício. O Aguiar encostou por completo o Manteigas no seu último reduto, mas de nada valeu, pois o golo não surgiu. Os mais perdulários foram Agostinho, Celso, Mozer, Tino, Nené, Caleiro e Pingato. Quanto à equipa de arbitragem, chefiada por Tiago Cadete, tirando alguns erros técnicos, fez um bom trabalho.
Pedro Sousa