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Seia estuda central de biomassa

Queima controlada de resíduos florestais pode produzir energia ou fornecer aquecimento às populações locais

A Câmara de Seia vai estudar a viabilidade de uma central termoeléctrica a biomassa florestal no concelho. O anúncio surge numa altura em que o Governo abriu um concurso para a construção de 10 a 12 centrais do género no país, num investimento previsto de 255 milhões de euros. Estas unidades poderão retirar das florestas até um milhão de toneladas de biomassa por ano, reduzindo os riscos de incêndio e produzindo electricidade.

Segundo o ministro da Agricultura, Jaime Silva, já foram pré-seleccionadas 10 zonas para a implementação destas centrais, «numa faixa interior de Santarém ao Porto», com base na proximidade de ligações à rede eléctrica e disponibilidade de matéria-prima. Actualmente, existe apenas a central de Mortágua (EDP), com 10 MW de potência, estando em licenciamento 140 MW, já que o concurso põe no mercado mas 100 MW. Desconhece-se, por enquanto, se a zona de Seia é uma das contempladas, mas o que é certo é que o município, já grande produtor de energia através de hidroeléctricas, tem muitas potencialidades neste domínio dada a sua vasta área florestal. As centrais a biomassa são estruturas para queima controlada de resíduos florestais resultantes de limpezas, rolaria e rechenga. O calor produzido é posteriormente transformado em energia que pode ser injectada na rede eléctrica nacional. Com este estudo prévio, a autarquia quer conhecer a quantidade de biomassa florestal disponível no concelho para apurar se é possível construir uma central de dimensão mínima ou, caso contrário, avançar somente com o seu aproveitamento para fornecer aquecimento e água quente às populações locais. O presidente Eduardo Brito adianta que, caso o investimento seja concretizado, a Câmara pretende instalar esta central entre Vide, Cabeça e/ou Loriga, onde subsiste a maior mancha florestal do concelho.

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