Região

Portugal enfrenta «pior conjugação de fatores desde Pedrógão Grande», alerta Governo

Escrito por Luís Martins

O ministro da Administração Interna alertou, este sábado, para a «pior conjugação de fatores que há desde Pedrógão Grande», em termos de risco de incêndios nos próximos dias em Portugal.

«Quero transmitir, sublinhar, reforçar a mensagem de que efetivamente as condições são muito exigentes, e vão exigir muito de todos nós, para conseguirmos evitar o pior. Mas é evidente que as temperaturas que podem alcançar os 44 e 45 graus, ventos de leste tocados para noroeste com mais de 60 quilómetros horários, em período noturno, com noites consideradas tropicais, e com trovoadas secas (…) fazem com que estejam reunidas um conjunto de condições para que transformem os próximos dias nos dias mais exigentes que tivemos nos últimos anos desde Pedrógão Grande», reiterou José Luís Carneiro.

O governante falava aos jornalistas na Base Aérea de Figo Maduro, em Lisboa, pouco depois de ter sobrevoado, a bordo de uma aeronave P-3C Cup+ da Força Aérea, os incêndios que lavram em Carrazeda de Ansiães, no distrito de Bragança, e em Ourém. O ministro apelou à população para que não tenha comportamentos de risco nos próximos dias, como «não fazer fogo, não usar máquinas agrícolas, florestais, evitar as queimas e as queimadas, essa é mesmo a maior ajuda que o povo português pode dar aos bombeiros e para a segurança coletiva».

Esta manhã, no briefing diário da Autoridade Nacional de Emergência Proteção Civil, a ANEPC deu conta de um recorde de ingnições em 24 horas, com 121 incêndios, mais do que em qualquer dia este ano. Para os próximos dias, o Governo decretou a situação de alerta e, na Proteção Civil, a partir da meia-noite deste sábado vai ser elevado o nível de alerta especial do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) para o nível laranja nos distritos de Lisboa, Setúbal, Portalegre, Évora, Beja e Faro, juntando-se aos outros nove distritos (Vila Real, Bragança, Viseu, Guarda, Castelo Branco, Santarém, Aveiro, Coimbra e Leiria) que já estavam nesta categoria. Elevar o grau de prontidão permite que haja uma maior e mais rápida mobilização de meios de combate.

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Luís Martins

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