Dizem por aí que já não há cucos na América nem papagaios na China e que os fenómenos deixaram de ser exclusivo do Entroncamento para se reproduzirem por este mundo fora.
Numa velocidade furiosa, filmada para cá do Marão, pelos vistos, os de lá já pouco ou nada mandam e a revolta do couraçado Potemkin vai permitindo que os ditos filhos de putin mandem nesta porra toda, mesmo percebendo que o especialista em minhocas é o maior dos reinos do tio Sam.
No meio desta corja de pseudo terroristas, quais aprendizes dos Baader Meinhof, alguns gaviões com coração de passarinho abandonam a ilha da Barataria, onde os lugares comuns são mais que muitos, utilizando para tanto um palavreado muito próximo do grande irmão, o tal, aquele muito bem conhecido e que zela por nós.
Nesta electrocussão política misturada com salada de frutas e mais um caldinho de grão egitaniense seguido, claro está, de um suculento e nutriente cozido à portuguesa, a pouca terra da Beira Baixa substitui a vertiginosa velocidade nesse oásis de investimento que agora passa pelo ar, pela pista de aterragem na tentativa de nos tap(ar) os olhos com decisões precipitadas, protagonismos calculistas e saloios, afastada que está a teoria da conspiração (as culpas, a havê-las, ficam pro Gibson e pra Júlia Roberts). E isto sem falar no bando do fungága da bicharada, que fala, fala e enquanto lá estiveram só fizeram porcaria (propositada) no nosso sistema de saúde.
E se de um lado faz sol na eira, do outro (isto para se cumprir o ditado) tem de haver chuva no nabal. Com a declaração formal da independência, a Sérvia fica fora e o Montenegro, agora rei, despede o Pinto e aposta em cheio no Kimzinho de Portugal. Tudo, mas mesmo tudo, em nome das promessas e juras congressistas de uma santíssima unidade. Aquilo meteu dó, pareceu mesmo a unicidade comunista, uns fazendo o acto de contrição batendo com a mão no peito, outros, originários do programa da SIC “Perdoa-me”, apostando no términus definitivo da paz podre do team laranjífero tendo por finalidade estancar a hemorragia e travar a fuga de votos para o escarro que a democracia deixou parir. No final, aquilo tinha um cheirinho intenso de passado. Propostas velhas e bolorentas. O trip de família tresanda a Passos. A história diz-nos sempre alguma coisa e serve essencialmente para perspetivar o futuro. O congresso do fim-de-semana, se não fosse ridículo, era, seguramente, hilariante.
E depois damos conta de uma série de atores que no teatro do Boulevard vão fazendo figas, exibindo a tal figura típica que Rafael Bordalo Pinheiro imortalizou no barro, onde a maioria (dizem uma coisa e fazem outra) apenas tem como único objetivo tramar Roger Rabbit (diga-se em abono da verdade que o suspeito da morte de Acme anda a pôr-se a jeito).
Afinal o elefante Koshik fala ucraniano. O João Bafo de Onça, o Mancha e os ladrões da banca resolvem fazer mais umas PPP com o tio Patinhas, o Zé grandão e os aproveitadores e escovinhas do sistema. A Alice deixou o país das mil e tantas maravilhas e transformou-se em Minnie Mouse tentando mudar a coisa, com alguns tostões à mistura (só para alguns), para tudo ficar na mesma. O coronel Cintra, das marés vivas, anda muito discreto mas pensa, única e exclusivamente, no palácio pink e o pé de feijão, o Shrek e o Pinóquio (que entretanto deixou de gostar de Gepeto), acompanham com todos os burantinos do sistema (alguns trajados de avental, não vão os salpicos sujar o fato), tendo como único desígnio continuar a mamar a cabra. Só falta referir o das portas e o da Figueira, que se colocaram em bicos de pés aproveitando a embalagem da viagem anti-bolsonaro do polivalente, em tudo e mais um par de botas, ao Brasil. Ele há coisas. É bem verdade: «O que se passa aqui não passa no Vaticano».
Vou de férias. Regressarei ao vosso convívio em setembro.
Algo vai mal e muito mal no reino da Dinamarca.
Tudo ao molho e fé em Deus
“A história diz-nos sempre alguma coisa e serve essencialmente para perspetivar o futuro.”