Sociedade

Fábio Guerra condecorado a título póstumo com a Medalha de Serviços Distintos de Segurança Pública, grau ouro

Escrito por Luís Martins

Fábio Guerra, o agente da PSP que morreu após ter sido gravemente agredido junto à discoteca MOME, em Lisboa, vai ser condecorado a título póstumo, com a Medalha de Serviços Distintos de Segurança Pública, grau ouro.

De acordo com a nota assinada pela antiga ministra da Administração Interna e da Justiça, Francisca Van Dunem, a 22 de março, publicada no “Diário da República” desta quinta-feira, Fábio Guerra é louvado «pelo profissionalismo que evidenciou durante o ano e dez meses em que prestou serviço na Polícia de Segurança Pública e pela forma altamente meritória, competente e dedicada com que serviu a causa da segurança, da ordem e tranquilidade públicas».

«Apesar da sua juventude, o agente Fábio Guerra demonstrou ser possuidor de elevada competência técnica e grande capacidade de trabalho, colocando toda a sua generosidade e coragem ao serviço da sua profissão e do trabalho policial, que desempenhou com grande brio, em prol da segurança dos cidadãos», realçou a ministra.

Francisca Van Dunem considerou ainda Fábio Guerra como um agente «profissional dedicado e com grande espírito de sacrifício» que «sempre demonstrou uma grande disponibilidade para o serviço, marcando a sua ação pelo rigor, pela lealdade, pelo sentido de responsabilidade e pela vontade de bem servir, granjeando, com a sua atitude, o respeito e o reconhecimento de todos os que com ele trabalharam».

«Foi com esta vontade de bem servir que, na madrugada do dia 19 de março de 2022, junto a um estabelecimento de diversão noturna, sito na Avenida 24 de Julho, em Lisboa, o agente Fábio Guerra, acompanhado de três outros camaradas, apesar de não se encontrar de serviço, decidiu, todavia, intervir com o objetivo de fazer cessar agressões em curso entre dois grupos de cidadãos, tendo ele próprio sido vítima de brutal agressão, que viria a causar-lhe a morte«, sublinhou ainda a ex-governante.

Fábio Guerra tinha 26 anos e morreu no passado 21 de março, no Hospital de São José, devido às «graves lesões cerebrais» sofridas nas agressões de que foi alvo no exterior da discoteca MOME.

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Luís Martins

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