Sociedade

Frustrada nova concessão do Hotel Turismo

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Escrito por Efigénia Marques

Ausência de investidores já levou Câmara da Guarda a pedir reunião ao Governo para encontrar solução

O concurso para a concessão da gestão e exploração do Hotel Turismo da Guarda ficou novamente deserto. É a sexta tentativa falhada para a reabilitação do emblemático edifício projetado em 1936 pelo arquiteto Vasco Regaleira e devoluto desde 2012.
A ausência de interessados já levou o presidente da Câmara a solicitar uma reunião à tutela para encontrar uma solução. «Nessa reunião iremos falar sem tabus. Até lá, mais não posso, nem devo, especular o que quer que seja», afirmou Sérgio Costa aos jornalistas no final da reunião quinzenal do executivo, na última segunda-feira. O autarca independente acrescentou que neste procedimento o imóvel, situado junto aos Paços do Concelho, foi visitado por potenciais investidores, que acabaram por não concorrer. Perante a alegada falta de interesse na concessão, o edil guardense voltou a lembrar o que já disse em várias ocasiões, de que «se o Estado não for capaz, o negócio tem de voltar atrás», ou seja, o município reaver o edifício.
Entretanto, Sérgio Costa quer perceber «as intenções do Governo» quanto ao Hotel Turismo. «Sabemos que estamos perante um Executivo de transição e que o próximo tomará posse no final deste mês, mas não queremos esperar para encontrar uma solução», acrescentou. Encerrado e devoluto desde 2012, o edifício foi um dos primeiros imóveis colocados a concurso no âmbito do REVIVE, mas não tem atraído investidores. A exceção aconteceu em 2018, quando o consórcio formado pela MRG Property e MRG Construction ganhou a concessão. No entanto, a reabilitação fracassou em 2020 devido às dificuldades financeiras do grupo MRG, que ainda tentou cessar a posição contratual, mas a Green Endogenous, SA também acabou por desistir do negócio.
Perante este impasse, o Governo voltou atrás e reabriu novo concurso em novembro de 2021, que ficou deserto. Em fevereiro deste ano houve outra tentativa frustrada. O objetivo do Governo é concessionar a reabilitação e gestão do hotel guardense por 50 anos, por uma renda mínima anual de 35.317,80 euros.

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Efigénia Marques

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