O secretário-geral do PS esteve na Guarda na sexta-feira para uma arruada muito concorrida e um comício no IPG. Recebido na Praça Velha por algumas centenas de apoiantes, dirigentes locais e autarcas, António Costa andou pelas ruas do centro da cidade a distribuir rosas e encontrou-se com o presidente da autarquia, o independente Sérgio Costa, que o esperou à porta dos Paços do Concelho.
Os discursos foram feitos no auditório do Instituto Politécnico, onde o líder socialista e recandidato a primeiro-ministro falou, entre outros assuntos, do hospital da Guarda e da adjudicação das obras do chamado Pavilhão 5, dizendo que esta é a prova de que «nunca prometi nada que não soubesse que ia cumprir». «Como sabem, a legislatura não durou os quatro anos, foi interrompida a meio, mas a verdade também é que o concurso foi lançado no Verão, a obra já está adjudicada e vai estar concluída, no máximo, até ao termo da nova legislatura», afiançou António Costa. O porto seco a criar na Guarda foi outro projeto destacado: «Não ganhámos a Câmara, mas não nos esquecemos dos compromissos que assumimos com a Guarda e por isso criámos o porto seco aqui», sublinhou.
Também a requalificação do último troço da Linha da Beira Baixa, entre a Covilhã e a Guarda, não foi esquecida pelo socialista, que recordou que no início «olharam para nós com muito ceticismo e disseram “cá vêm mais uns fazer a promessa do costume”. Pois é, mas nós não somos mais uns, nós somos aqueles que fazemos e por isso a linha foi aberta, está a funcionar e a Guarda e a Covilhã estão ligadas pela ferrovia». O secretário-geral do PS pediu ainda um «voto de confiança» aos guardenses, garantindo que a obra do hospital agora adjudicada «não vai ser parada por um Governo que entretanto chega, que o projeto do porto seco, afinal não vai ser descontinuado por um Governo que entretanto chega». Para evitar isso, «estamos, de cabeça erguida, a pedir a confiança dos portugueses para podermos continuar a avançar, para nos darem força para podermos ter estabilidade e garantirmos nos próximos quatro anos tranquilidade na vida e no dia a dia das pessoas», afirmou.
Já Ana Mendes Godinho, cabeça-de-lista socialista pelo círculo da Guarda, sublinhou que «o que nos distingue dos outros são verbos de ação porque não somos passivos, nós estamos aqui para agir, para intervir». A candidata acrescentou que «o que o PSD parou na anterior crise, nós avançámos, retomámos, recuperámos. O PSD suspendeu, congelou e encerrou. Desistiu do país e do interior, pois nós é aqui que estamos para apostar porque acreditamos que este é o momento para investir», afirmou a também ministra cessante do Trabalho.
Sérgio Costa elogia Ana Mendes Godinho e Ana Abrunhosa
A tarde ficou marcada pela breve conversa entre o presidente da Câmara, Sérgio Costa, e António Costa, mesmo à porta dos Paços do Concelho.
O edil guardense disse estar «muito agradecido» às ministras Ana Mendes Godinho e Ana Abrunhosa por «aquilo que têm feito em prol do desenvolvimento da nossa região, da nossa terra, e deixe-me citar a questão do porto seco, um projeto muito importante para nós. Sabemos bem que é um primeiro passo, mas é um primeiro passo que nunca ninguém deu», elogiou o antigo dirigente social-democrata que conquistou a Câmara como independente. Sérgio Costa também agradeceu as obras do Hospital, a instalação do comando nacional da UEPS da GNR e pediu apoio para resolver o caso do Hotel Turismo. Na resposta, António Costa felicitou Sérgio Costa pela vitória nas autárquicas e garantiu que, «se tudo correr bem, durante o seu mandato e o meu próximo mandato, estes projetos ficarão concluídos».
Catarina Reino