HUGO VIANA CRESPO
Vogal da direção e representante da Organização Mundial do Turismo Equestre (OMTE) para Portugal Idade: 40 anos Naturalidade: Coimbra Profissão: Professor e monitor de equitação Currículo (resumido):Professor da Escola Profissional da Quinta da Lageosa; Monitor e formador da Federação Equestre Portuguesa; Responsável técnico do Equo-Agro-Turismo Quinta do Pinheiro; Criador de cavalos puro-sangue Lusitano (Coudelaria Carvalho Simões) Filme preferido: “Sete pecados mortais”, de David Fincher” Livro preferido: “Tu és o que pensas”, de James Allen Hobbies: Criar cavalos, ser pai.«Há alguns projetos de turismo equestre na região, mas faltam profissionais qualificados»
P – Foi eleito representante da Organização Mundial do Turismo Equestre (OMTE) para Portugal. O que vai fazer?
R – Um dos nossos objetivos é deixar a OMTE como uma estrutura bem definida para Portugal, onde pouco ou nada foi feito. Iremos começar com formação de profissionais de turismo equestre (ajudantes e guias equestres) para que se possa atingir a excelência de serviços que a nossa organização nos tem habituado, e em paralelo aumentar a rede de instalações equestres e turísticas que nos possam dar suporte aos nossos projetos.
P – É também a primeira vez que Portugal tem um vogal na direção deste organismo. Como surgiu esta oportunidade?
R – Eu já era profissional na área equestre e estava ligado há bastante tempo ao turismo, então decidi tirar formações na OMTE. Conheci o seu presidente D. Jose Sererols, que me endereçou o convite para fazer parte da organização e, posteriormente, convidou-me para liderar a mesma em Portugal.
P – Como está o projeto da Rota Equestre Napoleónica, entre Cáceres e a Guarda, anunciada em maio de 2019?
R – Penso que se fez o mais difícil, que foi planear e juntar forças entre Espanha e Portugal! Mas faltou um pormenor, foi encontrar os parceiros para que esta se possa realizar… No entanto, acredito que esse problema se resolverá em breve e com “players” nacionais…
P – O turismo equestre está subaproveitado na região da Guarda, o que pode ser feito para dinamizar este nicho?
R – Nesta área já existem alguns projetos realizados, quase sempre com pouca objetividade e com um problema comum, que é a falta de profissionais qualificados. Penso que iremos conseguir realizar algumas das atividades, mas sempre em pequena escala, porque demorará alguns anos até que se consigam realizar atividades em grande escala com uma rede combinada de serviços. Teremos que direcionar o turismo ambiental para estas novas valências, criando e organizando novas rotas e acompanhando com especial atenção a formação dos técnicos.
P – Como está o setor do ensino equestre na região? Há muitos centros/escolas federadas/reconhecidas?
R – Na verdade, existem bastantes cavalos, mas poucas escolas e pouquíssimos técnicos reconhecidos. Temos no distrito somente um concurso federado por ano, que se realiza em Almeida! Penso que muito mais deveria ser feito, mas sem formadores é difícil termos atletas.