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Águas da Serra já remodelou 10 ETAR’s em quatro meses

Restantes 17 existentes no concelho da Covilhã serão beneficiadas até ao final deste ano

Em apenas quatro meses de funcionamento, a Águas da Serra (AdS), empresa concessionária do tratamento e saneamento em alta na Covilhã, já recuperou 10 das 32 Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) existentes no concelho. O balanço da actividade da AdS, que começou a 1 de Junho, foi feito na última segunda-feira durante uma conferência de imprensa que contou com a presença da presidente do Conselho de Administração da concessionária, Sophie Pinto Coelho, e do presidente dos Serviços Municipalizados de Águas e Saneamento.

As ETAR’s do Barco, Coutada, Ferro, Peso, Ourondo, Sobral de S. Miguel, Casegas, Dominguiso, Paúl e São Jorge da Beira já foram beneficiadas com equipamentos mecânicos e processos de tratamento mais modernos. Para breve, prevê-se concluir melhoramentos semelhantes nas ETAR’s das Cortes do Meio e de Verdelhos. Os restantes sistemas de tratamento de águas residuais deverão estar «recuperados até ao final do ano», revelou Sophie Pinto Coelho. No contrato de concessão por 30 anos, a empresa comprometeu-se a construir ainda as ETAR’s da Grande Covilhã e de Unhais da Serra, para além de fazer mais 13 pequenos sistemas de tratamento e emissários em Aldeia do Souto, Sarzedo, Terlamonte, Castanheiras (Peraboa), Cambões (S. Jorge da Beira), Peso, Coutada, Taliscas, Monte Serrano (Ferro), Ourondo, Trigais, Dominguiso e S. Jorge da Beira. Nesse sentido, a AdS estima realizar investimentos da ordem dos 19 milhões de euros ao longo dos 30 anos de concessão, mas é nos dois primeiros anos de actividade que o volume de investimentos será mais acentuado – 14 milhões de euros -, por causa da construção de infraestruturas e a aquisição de equipamentos.

O total da operação irá custar à Câmara cerca de 80 milhões de euros, sendo que a taxa a cobrar ao município no primeiro ano por cada metro cúbico de água facturada será de 0,26 cêntimos e, no final da concessão (em 2035), de 0,97 cêntimos. Preços que de resto serão ainda alterados com a inflação. Desde Junho último, a Câmara está a pagar mensalmente à AdS cerca de 7,5 mil euros. «Mas nos últimos anos, esse número poderá chegar aos dez mil euros mensais», adianta Alçada Rosa. Uma factura que está «actualmente» a ser paga pela Câmara, adiantou, sem explicitar no entanto se a mesma será cobrada futuramente aos munícipes, que já estão a pagar o serviço de recolha e tratamento dos esgotos na factura da água, apesar de apenas 45 por cento serem tratados. «Nos próximos quatro anos não haverá necessidade de alterar as tarifas dos esgotos», garantiu o administrador dos SMAS, reiterando que o contrato com a AdS é «mais vantajoso» que a proposta da Águas do Zêzere e Côa.

Além de ser a metade do custo, a Câmara também não está obrigada ao pagamento de caudais mínimos, enquanto o custo dos primeiros anos de exploração também é mais reduzido e todo o equipamento irá reverter para o município no final da concessão. De resto, há ainda a garantia de que não haverá «nem um metro cúbico de esgoto não tratado para o Zêzere no primeiro trimestre de 2007», referiu. Quanto à grande ETAR da Covilhã, irá situar-se «entre a Ponte Pedrinha e a Boidobra» para tratar os esgotos das freguesias da Boidobra, Tortosendo, Teixoso, Cantar Galo, Conceição, Santa Maria, S.Martinho, S. Pedro e Vila do Carvalho.

Liliana Correia

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