O líder do PSD, Luís Marques Mendes, acredita que a Covilhã vai continuar a ser liderada pelas cores “laranja” nos próximos quatro anos. A convicção foi deixada na última segunda-feira na Câmara da Covilhã, onde esteve presente para apoiar publicamente a recandidatura do «amigo» Carlos Pinto à presidência da autarquia. E não se coibiu de o apontar como um autarca «modelo» e «exemplar» pelo trabalho que desenvolveu ao longo destes dois mandatos. «Estive aqui em 1998 e a Covilhã está completamente transformada desde essa altura», referiu, considerando-a uma das «grandes cidades do interior».
Para Marques Mendes, o desenvolvimento e progresso da cidade apenas se deveu à «visão estratégica» de Carlos Pinto, que soube desenvolver um «trabalho notável» e transformar a “cidade neve” num município de «sucesso», apesar das dificuldades e da crise do sector têxtil. Daí não ter dúvidas de que o autarca irá conseguir «um grande resultado» no dia 9, pois a obra está «à vista de todos», acreditando por isso que voltará a repetir a proeza de há quatro anos, uma vez que irá captar o voto de muitos cidadãos «que não votam tradicionalmente no PSD». Perante uma vasta plateia, o presidente do PSD enalteceu o duplo valor de Carlos Pinto. Primeiro, por ter prescindido de uma carreira nacional para se dedicar ao desenvolvimento da sua terra em 1997, altura em que se candidatou de novo à Câmara. Depois, por ter dispensado a vida pessoal e a carreira profissional ao «serviço do bem comum». Quanto às restantes candidaturas social-democratas no distrito albicastrense, Marques Mendes espera poder ganhar «pelo menos, as mesmas câmaras» conquistadas há quatro anos. Isto é, Covilhã, Fundão, Oleiros, Proença-a-Nova e Vila de Rei. «Embora ambicioso, é um objectivo possível», disse, apontando também a obra feita naqueles municípios.
Mas Marques Mendes espera a conquista de mais câmaras, uma vez que o PSD tem «excelentes candidatos» e porque a distrital está a fazer um trabalho de «grande qualidade». Já Carlos Pinto, aproveitou a presença do líder social-democrata para criticar o «centralismo do Governo», precisamente por ter colocado na gaveta a discussão sobre as comunidades urbanas. A OTA e o TGV também estiveram também na linha de fogo, dois projectos considerados uma «verdadeira loucura». «Não se sabe a riqueza que vão produzir para justificar estes investimentos», apontou. À noite, Marques Mendes participou num jantar comício de apoio à recandidadura de Manuel Frexes à Câmara do Fundão, onde voltou a elogiar o trabalho desenvolvido neste mandato.