Amílcar Salvador foi o primeiro autarca a tomar posse na região na sequência das eleições de 26 de setembro. O autarca de Trancoso, reeleito para o terceiro e último mandato, e o novo executivo, bem como a Assembleia Municipal – para cuja presidência foi novamente eleito Amaral Veiga (PS), foram empossados esta sexta-feira numa sessão em que o socialista reafirmou que pretende governar com «verdade, clareza, transparência, rigor e isenção».
«Todos estão convocados para esta política de valores, deixando de lado a politiquice rasteira, de mentiras, falsidades e calúnias», apelou, destacando que o PS obteve os «melhores resultados de sempre» em Trancoso. Mas terminada a campanha, Amílcar Salvador considerou que «este é o tempo de arregaçar as mangas e de trabalhar em conjunto», sublinhando que nos próximos quatro anos «não há dispensáveis, todos somos importantes e teremos a oportunidade de contribuir para fazer parte do projeto coletivo que é Trancoso», para o tornar num concelho de referência «a nível distrital e regional».
Entre as prioridades do edil socialista estão o turismo – «em agosto, entraram no castelo 7.300 pessoas, o maior número de visitantes de sempre», revelou – e o apoio a empresários e investidores, bem como ao setor da agropecuária. Concluir a incubadora de empresas, que vai integrar a Rede Nacional de incubadoras, e alargar a zona industrial de Vila Franca das Naves são outras metas do novo executivo. Tal como a construção do Museu da Cidade no Palácio Ducal e a requalificação dos Paços do Concelho. Amílcar Salvador compromete-se ainda a elaborar o plano de pormenor da Barragem da Teja de forma a tornar o espelho de água e área envolvente numa zona de desporto e lazer
Prosseguir consolidação das contas do município é outro objetivo. «Conseguimos reduzir em 10 milhões de euros a dívida municipal nos últimos oito anos, mas situação financeira continua a ser difícil pelas dívidas contraídas antes de 2013», avisou. O autarca espera também de resolver a dívida de 9 milhões de euros à CGD por causa da parceria público-privada com a MRG. «Com este valor, que continua por pagar, a dívida total do município rondará os 15 milhões de euros», acrescentou depois a O INTERIOR.
Amílcar Salvador garantiu o terceiro mandato com 59,46 por cento dos votos e obteve três mandatos no executivo, enquanto João Carvalho (PSD/CDS-PP) conseguiu 32,71 por cento dos votos e elegeu dois vereadores. Por sua vez, Anabela Caetano (CDU) ficou-se pelos 1,76 por cento. Do novo executivo da Câmara de Trancoso fazem ainda parte Eduardo Pinto e Ana Luísa Couto, eleitos pelo PS; e João Carvalho e Cristóvão Santos, da coligação PSD/CDS-PP. Saiba mais na próxima edição de O INTERIOR.
