O Alto do Terlamonte, perto da A23 e da Senhora do Carmo, foi o local escolhido pelo executivo covilhanense para instalar o futuro aeroporto regional da Covilhã, ao invés do actual aeródromo. A possibilidade de ter uma pista mais longa do que os iniciais 1,2 quilómetros de extensão e a existência de zonas de expansão para os próximos anos foram os principais motivos que levaram a autarquia a abandonar o projecto de ampliação do actual aeródromo e optar para uma construção de raiz.
O novo local deverá acolher uma pista de 2,2 quilómetros de extensão, para aviões de algum porte e uma zona de expansão até três quilómetros, revelou Carlos Pinto, adiantando que «irá avançar de imediato para abrir o concurso público». Mas, por enquanto, ainda não adianta prazos nem o investimento envolvido. O único prazo apontado é que venha a ser construído «antes da OTA», ironizou. A inexistência de um aeroporto no interior do país, que sirva de alternativa a Lisboa, Porto ou Faro, é uma das principais justificações para o projecto da Câmara da Covilhã. E neste sentido, Carlos Pinto não tem dúvidas que é um projecto «fundamental» para o desenvolvimento da região, nomeadamente em termos turísticos. Já o aeródromo da cidade será «desactivado» assim que o aeroporto estiver construído. «Tenho ideias para aquela zona, mas só as revelarei no seu devido tempo», prometeu o autarca, adiantando que «tanto pode ser uma zona urbanística, como um jardim botânico». A decisão apenas sairá da «próxima Câmara» e após se ter decidido o que «é mais estratégico» para a zona nova da cidade. Recorde-se que a ideia do aeroporto regional na Covilhã esteve na base do respectivo plano director, apresentado publicamente por Carlos Pinto em Novembro de 2001. Em Abril de 2002, o autarca chegou a anunciar a preparação do caderno de encargos para o concurso público internacional de concepção, construção e exploração, que na altura ainda estava previsto para o aeródromo da cidade.
