Sociedade

Viver no interior: uma forma de poupar dinheiro?

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Escrito por Efigénia Marques

No atual contexto de inflação e aumento dos juros, a boa gestão do orçamento familiar assume particular importância. Assim, a poupança torna-se uma problemática cada vez mais comum em Portugal. É verdade que algumas medidas podem ser tomadas para aumentar o orçamento, tal como uma mudança de emprego ou de área profissional, a fim de buscar melhores ordenados. Contudo, isso pode levar tempo e exigir também algum investimento.

Outro meio de melhorar o orçamento são os investimentos. Com a internet é possível negociar vários tipos de ativos financeiros. Em diversas plataformas seguras e intuitivas é possível, entre outras coisas, comprar ações e ficar a par das oportunidades do mercado. Ademais, há também os fundos de investimento de menor risco (como os ETFs) ou o investimento de capital disponível em depósitos a prazo, além de certificados de aforro ou do tesouro; e essas transações podem ser feitas online.

Apesar disso, abandonar os grandes centros urbanos para viver no interior é um dilema que muitos colocamos, já que nessas localidades o custo de vida tende a ser mais baixo e, por vezes, de melhor qualidade. Para o ajudar, exploramos alguns dos aspetos relacionados com o custo de vida que devem ser considerados se essa for uma opção que pretenda colocar em cima da mesa. 

Custo de vida no interior vs. grandes centros urbanos

Ao comparar o custo de vida no interior com o dos grandes centros urbanos, como Lisboa, Porto etc., tornam-se evidentes diferenças significativas. Facto é que despesas nucleares como a habitação, tr

No atual contexto de inflação e aumento dos juros, a boa gestão do orçamento familiar assume particular importância. Assim, a poupança torna-se uma problemática cada vez mais comum em Portugal. É verdade que algumas medidas podem ser tomadas para aumentar o orçamento, tal como uma mudança de emprego ou de área profissional, a fim de buscar melhores ordenados. Contudo, isso pode levar tempo e exigir também algum investimento.

Outro meio de melhorar o orçamento são os investimentos. Com a internet é possível negociar vários tipos de ativos financeiros. Em diversas plataformas seguras e intuitivas é possível, entre outras coisas, comprar ações e ficar a par das oportunidades do mercado. Ademais, há também os fundos de investimento de menor risco (como os ETFs) ou o investimento de capital disponível em depósitos a prazo, além de certificados de aforro ou do tesouro; e essas transações podem ser feitas online.

Apesar disso, abandonar os grandes centros urbanos para viver no interior é um dilema que muitos colocamos, já que nessas localidades o custo de vida tende a ser mais baixo e, por vezes, de melhor qualidade. Para o ajudar, exploramos alguns dos aspetos relacionados com o custo de vida que devem ser considerados se essa for uma opção que pretenda colocar em cima da mesa. 

Custo de vida no interior vs. grandes centros urbanos

Ao comparar o custo de vida no interior com o dos grandes centros urbanos, como Lisboa, Porto etc., tornam-se evidentes diferenças significativas. Facto é que despesas nucleares como a habitação, transportes, alimentação e serviços tendem a ser mais acessíveis no interior. Assim, esta disparidade pode ter um impacto considerável no orçamento familiar, assumindo-se como uma alternativa para poupar dinheiro.

Habitação

A habitação é um fator que pesa no orçamento das famílias. No interior do país, os custos com uma moradia ou apartamento, seja para aquisição ou arrendamento, tendem a ser significativamente mais baixos em comparação com os grandes centros urbanos.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), distritos do litoral como Lisboa, Porto, Setúbal, Aveiro e Braga estão entre aqueles que apresentam o mais elevado preço por m². Por sua vez, de acordo com um estudo publicado pelo site idealista news em 2022, os municípios com arrendamento mais barato em Portugal são Castelo Branco (5 euros/m2), Viseu (5,3 euros/m2), Santarém (5,3 euros/m2), Figueira da Foz (5,4 euros/m2) e Caldas da Rainha (5,8 euros/m2).

Além das questões afetas ao preço propriamente dito, o espaço útil de um imóvel no interior de Portugal é, regra geral, superior ao de uma grande cidade, proporcionando um maior conforto e flexibilidade para eventuais alterações na estrutura familiar (nascimento de um novo filho, por exemplo).

ansportes, alimentação e serviços tendem a ser mais acessíveis no interior. Assim, esta disparidade pode ter um impacto considerável no orçamento familiar, assumindo-se como uma alternativa para poupar dinheiro.

Habitação

A habitação é um fator que pesa no orçamento das famílias. No interior do país, os custos com uma moradia ou apartamento, seja para aquisição ou arrendamento, tendem a ser significativamente mais baixos em comparação com os grandes centros urbanos.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), distritos do litoral como Lisboa, Porto, Setúbal, Aveiro e Braga estão entre aqueles que apresentam o mais elevado preço por m². Por sua vez, de acordo com um estudo publicado pelo site idealista news em 2022, os municípios com arrendamento mais barato em Portugal são Castelo Branco (5 euros/m2), Viseu (5,3 euros/m2), Santarém (5,3 euros/m2), Figueira da Foz (5,4 euros/m2) e Caldas da Rainha (5,8 euros/m2).

Além das questões afetas ao preço propriamente dito, o espaço útil de um imóvel no interior de Portugal é, regra geral, superior ao de uma grande cidade, proporcionando um maior conforto e flexibilidade para eventuais alterações na estrutura familiar (nascimento de um novo filho, por exemplo).

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Transportes

A mobilidade também poderá potenciar a poupança das famílias. Sem prejuízo das eventuais desvantagens, os custos com a manutenção e o combustível de um veículo tenderão a ser inferiores no interior, em grande medida por não existirem filas de trânsito ou pelo facto do estacionamento automóvel ser gratuito (ao contrário de Lisboa ou Porto, por exemplo).

Alimentação

Outro fator a considerar é a alimentação. Os preços dos alimentos e de outras despesas básicas poderão também ser mais acessíveis no interior. A proximidade a áreas rurais e agrícolas permite, não raras vezes, o acesso a produtos locais frescos a preços mais baixos. Além disso, muitas moradias no interior dispõem de espaço exterior que poderá ser convertido num pequeno quintal ou horta para autoconsumo.

Serviços e comodidades

O preços de serviços, como saúde, educação, lazer e entretenimento tendem também a ser mais competitivos no interior. Embora possa haver uma menor variedade de opções em algumas áreas, em contrapartida os custos são geralmente inferiores em comparação com as áreas urbanas.

Qualidade de vida

Embora as finanças pessoais sejam um fator crucial a ser considerado, é também importante ponderar outros aspetos se equaciona viver no interior. A maior qualidade de vida sustentada por um maior contacto com a natureza, menores níveis de stress e um espírito de comunidade que não encontra nos grandes centros são fatores que também deve levar em conta. 

Viver no interior: sim ou não?

Viver no interior pode sim ser uma forma eficaz de poupar dinheiro. Como referido, os custos gerais tendem a ser mais acessíveis em comparação com os grandes centros. Entretanto, nem tudo são rosas, sendo importante considerar outros fatores, como a menor oferta no que aos serviços diz respeito. A decisão será sempre subjetiva, portanto se deve avaliar as circunstâncias pessoais e familiares antes de tomar uma decisão.

Sobre o autor

Efigénia Marques

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