As viaturas das corporações de bombeiros estão novamente isentas do pagamento de portagens. Já em setembro, depois dos incêndios na região, os bombeiros egitanienses tinham-se queixado que «os veículos de transporte de doentes não urgentes continuam a pagar portagens, um gasto que torna as deslocações de utentes num prejuízo para a corporação», denunciou Carlos Gonçalves, presidente da Associação Humanitária.
Há 10 anos que as viaturas dos voluntários dedicadas ao transporte de utentes não urgentes foram excluídas da isenção de portagens. Paulo Amaral, presidente da Federação de Bombeiros do Distrito da Guarda (FBDG), considera, por isso, que esta medida é «extremamente importante para todas as associações deste território». «Estamos rodeados pela A23 e pela A25 e com as necessidades dos bombeiros se deslocarem para grandes centros, nomeadamente Viseu, Coimbra, Castelo Branco e até o norte do distrito da Guarda, esta decisão vai refletir-se nas magras finanças das associações humanitárias», garante o dirigente.
Questionado quanto a valores, o presidente da FBDG exemplifica que «ir a Coimbra fica em 7 euros para cada lado. Se formos para a Covilhã gastamos à volta de 4 euros para ir e voltar… Se multiplicarmos isto pelo número de ambulâncias em circulação e pelos 22 dias úteis de cada mês ficamos com um valor expressivo». Paulo Amaral arrisca a dizer que serão «umas boas centenas de euros por mês» que as corporações poderão poupar com a isenção das portagens.
Para os utilizadores do serviço de transporte de doentes não urgentes não há alteração no valor que pagam, uma vez que «a taxa de pagamento já estava fixada no mínimo», esclarece o responsável.