Covid-19 Sociedade

Covid-19: Uma região paralisada pela pandemia

Escrito por Jornal O Interior

A pandemia do coronavírus obrigou a medidas drásticas para evitar ao máximo os contactos entre pessoas. A atividade da região está paralisada ou a meio gás com medo do contágio por Covid-19.

Autarquias, escolas, coletividades, IPSS, instituições bancárias, correios, gasolineiras, supermercados entraram em período de contenção para proteger trabalhadores e clientes/ utentes da propagação do Covid-19. A palavra de ordem é reduzir ao máximo os contactos entre pessoas, que devem permanecer em casa.

Com planos de contingência ativados, todas as Câmaras da região fecharam, por tempo indeterminado, os serviços de atendimento ao público e passaram a fazer o atendimento exclusivo através do telefone e email. Foram também encerrados os equipamentos municipais culturais e desportivos, e suspensos todos os eventos ou espetáculos. No início desta semana a autarquia da Guarda decretou a adoção, «sempre que possível», do regime de teletrabalho para os seus funcionários. Nos serviços onde tal não seja possível foi implementado «o sistema de rotatividade de funcionários, de forma que o menor número de pessoas tenha que se deslocar aos Paços do Concelho ou a qualquer outro edifício municipal», justificou a Câmara em comunicado. Neste período os serviços mínimos do setor das águas, recolha de resíduos e saneamento serão assegurados «a toda a população», garantem todos municípios. Já o município de Seia anunciou que vai prorrogar os prazos para pagamento de faturas relativas aos serviços prestados, enquanto a Câmara de Gouveia decidiu reduzir a fatura da água em 50 por cento para munícipes e empresas do concelho.

Conforme O INTERIOR noticiou na última edição, toda a atividade cultural e desportiva foi cancelada na área das Beiras e Serra da Estrela até novas ordens. A decisão foi tomada pela Comunidade Intermunicipal (CIMBSE), cujo Conselho Intermunicipal reuniu no passado dia 10, em Pinhel. Suspensas foram também as aulas do ensino pré-escolar, básico e secundário até 13 de abril. Entretanto ficaram abertos estabelecimentos – um em cada sede de concelho – para garantir, a partir desta segunda-feira, as refeições dos alunos mais carenciados e acolher os filhos dos trabalhadores das áreas da saúde e emergência. Segundo dados da Direção-Geral dos Estabelecimento Escolares (DGEstE), são a EB e Secundária Padre José Augusto da Fonseca (Aguiar da Beira), EB e Secundária Dr. José Casimiro Matias (Almeida), EB e Secundária Sacadura Cabral (Celorico da Beira), Secundária de Figueira de Castelo Rodrigo, EB e Secundária de Fornos de Algodres e Secundária de Gouveia. A EB de Santa Clara (Guarda), a EB e Secundária de Manteigas, EB e Secundária da Mêda, as Secundárias de Pinhel e Sabugal, bem como a EB de Seia, a Secundária Gonçalo Anes Bandarra (Trancoso) e a EB e Secundária Tenente Coronel Adão Carrapatoso (Vila Nova de Foz Côa) são outras das escolas indicadas pela tutela. Na Cova da Beira, funcionam a EB e Secundária Pedro Álvares Cabral (Belmonte), a EB Pêro da Covilhã e a EB João Franco (Fundão).

Atendimento através de postigo nas farmácias

Também não há aulas na Ensiguarda, na Escola Profissional de Trancoso, na Escola de Profissional de Hotelaria de Manteigas e na Escola Profissional da Serra da Estrela (Seia), enquanto o Instituto Politécnico da Guarda (IPG) e a Universidade da Beira Interior (UBI) cancelaram as suas atividades letivas por tempo indeterminado. Nos hospitais e centros de saúde da região as restrições vão da suspensão das visitas a doentes internados ao cancelamento de cirurgias e consultas externas não prioritárias. Nas farmácias, é assegurado atendimento ao público por postigo ou sem entrada de utentes nas instalações por causa do surto de Covid-19. Em contenção estão igualmente os Correios, que encerraram a estação de Vila Nova de Foz Côa, reduziram o horário de funcionamento dos demais balcões e estão a realizar atendimento à porta fechada. Isto significa que apenas poderão permanecer dentro da loja os clientes que estiverem a ser atendidos.
Nos bancos, todas as instituições restringiram o acesso aos balcões decretando a abertura condicionada das suas dependências ou o regime de “porta fechada”. Apenas em casos de «necessidade absoluta» será feito atendimento presencial. Em contrapartida apela-se à utilização dos canais digitais das instituições. Nas bombas de gasolina da região entre as medidas adotadas para combater o Covid-19 estão a modalidade de “self-service” com pagamento e venda de produtos de loja através de “passa-valores”. As gasolineiras decidiram também fechar as casas de banho exteriores das suas estações.

O acesso a lojas, mercearias, centros comerciais ou supermercados de retalhos têm novas limitações: por cada 25 metros quadrados só pode estar um cliente. Várias insígnias já adotaram também novas regras e horários em cumprimento do disposto na portaria, que estabelece restrições no acesso e na afetação dos espaços nos estabelecimentos comerciais, perante o estado de alerta declarado devido à Covid-19.

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