Sociedade

Tribuna Jovem está a decorrer na Câmara da Guarda com João Soares e João Maria Jonet

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Escrito por Sofia Pereira

Está a decorrer na Câmara da Guarda a “Tribuna Jovem: história e futuro” com a participação de João Barroso Soares e João Maria Jonet.
O ex presidente da Câmara de Lisboa, João Soares, diz que «temos falhado na forma de transmitir o mais importante legado do século XX – o 25 de Abril», e como exemplo disso o antigo Ministro da Cultura aponta que «há jovens que já não identificam as grandes personalidades da Revolução dos Cravos». E sublinha que entre os momentos «mais importante que tivemos, o 25 de Abril é o mais importante que tivemos no século passado».
Já João Maria Jonet, licenciado em Relações Internacionais e comentador político começa por lembrar que tem quase tantos anos diferença para João Soares do que de existência da Revolução dos Cravos, e desabafa que «nem imagino a diferença de não me sentir livre». Para Jonet, o 25 de Abril significa que tem «menos dificuldades do que os próprios avós para singrar na vida. Se compararmos a forma como se vivia com a atualidade, nós vivemos loucamente melhor agora do que há 50 anos». A geração de João Maria Jonet «dá por garantido que se pode crescer como os jovens ingleses ou alemães, mas antes não era assim, porque a probabilidade de ir para a guerra era grande». Mas de qualquer das formas, o jovem coloca em cima da mesa outro cenário. Aponta que a ligação ao 25 de Abril «não é só geracional, é uma coisa de contexto» e explica-o dizendo que a família era de direita, acrescentou até que «tinha tios fascistas» pelo que a descoberta de João Maria Jonet quanto ao 25 de Abril «foi tardia» porque na sua família a Revolução dos Cravos era «algo mau» pelo que formou a ideia de que «o 25 de Abril é contra os privilégios injustos».
Para o presidente da Câmara da Guarda, Sérgio Costa, é uma satisfação ver a «sala repleta de gente com sentido de futuro» e acrescenta que «a ditadura é um regime distante dos jovens, pelo que é importante recordar-se os valores de Abril 50 anos depois da Revolução.

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Sofia Pereira

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