Sociedade

Três candidatos a Provedor do Estudante no IPG

Escrito por Jornal O Interior

Reclamação referente à falta de cumprimento dos requisitos de admissão foi feita por um dos candidatos com vista à nulidade das duas outras candidaturas. Mas a queixa foi indeferida pelo IPG.

No passado dia 20 de março foram confirmadas as candidaturas dos professores Anabela Sardo, António Pissarra e Helena Saraiva ao cargo de Provedor do Estudante do Instituto Politécnico da Guarda (IPG). Mas no dia seguinte, Helena Saraiva apresentou uma reclamação sobre a falta de cumprimento dos requisitos de admissão por parte dos seus adversários: «Entendo, salvo melhor opinião, que as candidaturas à função, à excepção da que eu própria apresentei, se encontram feridas de nulidade, uma vez que nenhum dos restantes candidatos declara a aceitação da função», invocou a professora da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) no despacho nº 37/P.IPG/2019, disponível para consulta no site do IPG. Os restantes candidatos apresentaram as suas justificações jurídicas (que se basearam na vontade dos alunos e na aceitação implícita do cargo) e a reclamação acabou indeferida, colocando um ponto final no assunto.
Confrontada por O INTERIOR, Helena Saraiva esclarece que não apresentou «uma reclamação, apenas coloquei uma questão, que me foi respondida e, por essa razão, não tenho mais nada a acrescentar». Relativamente às funções que pretende desempenhar, a docente afirma o desejo de ser «a voz do estudante dentro da instituição» e refere que pretende ir mais além das funções tradicionais do Provedor: «Penso que pode afirmar-se como alguém que valida e facilita a concretização das iniciativas propostas pelos estudantes, de forma a cultivar não só as relações que ocorrem entre as várias unidades do IPG, mas também a relação com as comunidades externas à instituição», sublinha Helena Saraiva. Por sua vez, António Pissarra também desvaloriza a reclamação por considerar que «não fez qualquer sentido e foi apenas uma questão de vocabulário, mas é óbvio que não gostei e penso que estas situações se poderiam dispensar».
O professor da Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto (ESECD) garante que, se for eleito Provedor, vai «promover os interesses dos estudantes porque assim se promovem os interesses da instituição». O candidato lembra que está no IPG há 31 anos e que já testemunhou «bom e mau, já vi várias evoluções e penso que, por isso, tenho alguma vantagem em relação aos restantes candidatos. Farei agora a minha comunicação com os estudantes, mas só quando souber os locais destinados ao efeito». Anabela Sardo é a terceira candidata, cuja indicação é proposta por iniciativa dos alunos. A docente afirma que «ficou muito lisonjeada pelo convite dos estudantes e vou encará-lo como uma candidatura de missão». Além disso, a docente da Escola Superior de Turismo e Hotelaria (ESTH) invoca a sua experiência: «Já leccionei em vários institutos, pertenci a um conselho pedagógico e fui diretora de uma escola, o que me confere uma experiência diversificada, importante para o desempenho deste cargo», assume.
Anabela Sardo também desvaloriza o caso da reclamação interposta por Helena Saraiva, referindo que «o IPG emitiu o seu parecer jurídico, onde afirmou que essa reclamação não tinha cabimento e eu concordo. A partir daqui cada um faz a leitura que entender da situação». As eleições terão lugar a 23 de abril. Segue-se o prazo de um dia útil para contestação dos resultados. Os resultados definitivos serão depois afixados no dia 29 de abril.

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