Sociedade

Projeto de enoturismo da Quinta do Saião, em Vila Nova de Foz Côa vence prémio Arquitetura do Douro

Prémio
Escrito por Efigénia Marques

A arquiteta Paula Pinheiro venceu o prémio Arquitetura do Douro com um projeto de enoturismo para a Quinta do Saião, em Santo Amaro, no concelho de Vila Nova de Foz Côa. O galardão foi atribuído pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) na passada quarta-feira, em Vila Real, no 21º aniversário do Douro Património Mundial da UNESCO.
A arquiteta do Porto projetou a recuperação de um conjunto de edifícios em ruínas da Quinta do Saião, em Vila Nova de Foz Côa, como um lagar de azeite, uma adega, uma casa das ovelhas, o forno ou a antiga habitação do agricultor, que deram origem a uma unidade de enoturismo. A quinta histórica é produtora e exportadora de vinhos. «O projeto tenta responder a esta ideia de incorporar a ruína num edifício contemporâneo, mas aproveitando toda a pedra, todos os muros corroídos e desfeitos», disse Paula Pinheiro, para quem este prémio é «um reconhecimento importante porque, de facto, as obras galardoadas são muito emblemáticas, com uma enorme qualidade, e o grupo de arquitetos que me antecedem também são importantes. Por isso fico muito contente».
É a terceira vez que o concelho de Vila Nova de Foz Côa conquista este prémio, anteriormente atribuído ao Museu do Côa (2014) e ao Centro de Alto Rendimento do Pocinho (2017), enquanto o Hotel Casa do Rio obteve uma menção honrosa na edição de 2019. Lançado em 2006 pela CCDR-N, o prémio quer divulgar e promover a «excelência da arquitetura» no Alto Douro Vinhateiro e as boas práticas no exercício da arquitetura em obras de construção, conservação e reabilitação de edifícios, bem como intervenções de redesenho urbano no espaço público. O consagrado Eduardo Souto foi o vencedor da última edição com a obra da Central Hidroelétrica do Tua, que ficou quase integralmente subterrânea para harmonizar a edificação com a paisagem do Douro Património da Humanidade.
A CCDR-N anunciou, entretanto, a criação de um novo prémio, o Vinha Douro, que será também bienal e irá intercalar com o prémio de arquitetura. A primeira edição terá lugar em 2023 e distinguir boas práticas em vitivinicultura e homenagear os antepassados e atuais viticultores da região duriense.

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Efigénia Marques

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