Sociedade

Pré-campanha domina reunião de Câmara da Guarda

Pre Campanha
Escrito por Efigénia Marques

A pré-campanha continua a marcar as reuniões do executivo da Câmara da Guarda. Na segunda-feira, Sérgio Costa, candidato independente à autarquia, e Carlos Chaves Monteiro, atual presidente e cabeça de lista do PSD, dirimiram argumentos sobre os apoios comunitários conseguidos pelo município.
Com uma agenda de trabalhos reduzida, o vereador independente eleito pelo PSD aproveitou o período de antes da ordem do dia para falar da divulgação pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) do financiamento comunitário atribuído a projetos municipais (ver página 12) e manifestar a sua «enorme preocupação» pelo facto da Câmara da Guarda ter «apenas aprovadas» duas candidaturas no valor global de cerca de 80.000 euros. Aos jornalistas, no final da reunião quinzenal, Sérgio Costa considerou que a situação coloca o concelho «na quarta pior posição da região Centro em termos de verbas aprovadas por esta via», isto numa altura em que «a economia tem de ser fortemente apoiada, em que existem inúmeras necessidades nas mais diversas áreas».
Na resposta, Carlos Chaves Monteiro desmentiu a versão apresentada pelo vereador, sublinhando que «do valor total atribuído à Câmara da Guarda quer no PEDU, quer no pacto da CIMBSE, não sobrou nada de fundos comunitários, com exceção de 72 mil euros, que afetámos à Rua Cândido Dias Lopes». O presidente da autarquia acrescentou que todas as candidaturas feitas pelo município ao Centro 2020, em execução até 2023, foram obras elegíveis e «o que executou correspondeu ao valor elegível dessas candidaturas com exceção da obra da Rua Cândido Dias Lopes, à qual foi atribuído um valor inferior ao necessário. Por isso, recebemos este montante».
Segundo Chaves Monteiro, a edilidade guardense não recebeu mais verbas porque «todos os outros projetos foram totalmente comparticipados em 85 por cento. O presidente concluiu acusando Sérgio Costa de fazer afirmações que «não correspondem à realidade, que são uma aberração. O senhor vereador está completamente desfasado, pelo que dá asneira». Para o autarca, o que importa é preparar «os dossiers para as novas obras no âmbito dos financiamentos que vêm do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] e do Portugal 2030», pois é aí que vai haver «dinheiro novo para obras novas». A polémica continuou no período de antes da ordem do dia, com Sérgio Costa a acusar Chaves Monteiro de utilizar meios audiovisuais e financeiros do município, «entre outros», na pré-campanha eleitoral em benefício do candidato social-democrata, «que por acaso é o atual presidente, por substituição». Situação negada pelo edil: «Não vamos adiar a reposta a necessidades imediatas das freguesias e coletividades por causa da campanha eleitoral. Só depois do ato eleitoral é que poderemos praticar atos de gestão corrente», declarou Chaves Monteiro.

 

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Efigénia Marques

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