A Plataforma pela Abolição das Portagens nas antigas SCUT A25 e A23 garante que «se o Governo não cumprir, em maio haverá protestos».
O aviso foi feito em conferência de imprensa, na semana passada, onde o movimento que junta sindicatos, associações empresariais e comissões de utentes adiantou que «não vai parar até que o objetivo, primeiro da redução e depois da abolição das portagens, seja concretizado».
Apesar de não constituir «surpresa» o facto do Orçamento de Estado (OE) de 2022 não apresentar qualquer proposta para a redução das tarifas na A23 e A25, se as reivindicações da Plataforma não forem atendidas haverá manifestações entre 9 e 21 de maio, em várias cidades da região, nomeadamente junto da Secretaria de Estado e Conservação da Natureza e das Florestas, em Castelo Branco. As ações de luta poderão ocorrer também nas cidades do Fundão, Covilhã, Guarda e Seia, bem como em Belmonte.
Luís Veiga, da Plataforma de Empresários pela Subsistência do Interior, lembrou que o primeiro-ministro, «ainda durante a campanha eleitoral e, por diversas vezes, em várias cidades do interior, disse que a redução das portagens seria uma realidade neste e nos próximos anos». O empresário acrescentou que esta também foi «uma promessa feita pela ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, mas o Orçamento de Estado para este ano nada diz». Já Luís Garra, porta-voz da Plataforma, revelou ter ficado decidido «pedir ao Governo a suspensão imediata do pagamento de portagens na A23, A25 e A24 para minimizar os efeitos negativos já amplamente conhecidos».
Outra exigência é que «a redução em 50 por cento dos valores pagos atualmente aconteça ainda no presente ano», destacou o antigo dirigente sindical, segundo o qual esta medida deve acontecer «imediatamente após a suspensão» reivindicada pela Plataforma e «não pelo valor que temos agora em vigor».