Pedro Gadanho é o novo diretor executivo da candidatura da Guarda a Capital Europeia da Cultura 2027. O anúncio foi feito na reunião do executivo da passada segunda-feira. O arquiteto e designer natural da Covilhã inicia funções em janeiro do próximo ano.
Pedro Gadanho foi diretor do Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT), em Lisboa, de outubro de 2015 a junho deste ano. Antes tinha sido curador do departamento de arquitetura e design do Museum of Modern Art (MoMA), em Nova Iorque. Numa primeira reação, partilhada pelo município, o sucessor de José Amaral Lopes, que se demitiu do cargo no final de setembro, diz-se «muito honrado por poder contribuir com a minha experiência e conhecimento para trazer tal ambição para uma candidatura que, acima de tudo, é uma oportunidade para repensar uma identidade regional específica, bem como ideias de resiliência, inclusão social e mudança de comportamentos». Atualmente, o também escritor e produtor cultural é “Loeb Fellow” na Universidade de Harvard, em Cambridge, (Estados Unidos), onde, com mais oito investigadores de diferentes países, desenvolve um trabalho de pesquisa e discussão nas áreas do design, sustentabilidade, transportes, artes e cultura para o futuro das cidades.
Carlos Chaves Monteiro, presidente do município, sublinhou que Pedro Gadanho é «um investigador, uma pessoa cuja dimensão, também cultural, está ao nível dos desafios e dos objetivos que traçámos para esta candidatura e que preenche, do ponto de vista nacional e internacional, muito daquilo que são as exigências para o cargo, o conhecimento, e as responsabilidades deste projeto». O anúncio do novo coordenador da candidatura apanhou de surpresa os vereadores do PS. Eduardo Brito reconheceu que o responsável escolhido «não é uma pessoa qualquer», mas «falta conhecer a estratégia e os objetivos» da candidatura guardense.