Sociedade

Orçamento de 51,4 milhões de euros para Câmara da Guarda em 2019

Escrito por Jornal O Interior

Economia, Educação e Ambiente são as áreas prioritárias do próximo orçamento municipal, que regista um aumento de 6,1 milhões de euros relativamente a 2018. É «rigoroso nas opções e ambicioso nas ações», disse Álvaro Amaro. «A Câmara continua a apostar tudo nos eventos em vez de baixar taxas e impostos, dos mais caros do país», criticaram os vereadores do PS.

A Câmara da Guarda aprovou por maioria, com os votos contra do PS, um orçamento de 51,4 milhões de euros para 2019. São mais 6,1 milhões de euros relativamente ao deste ano. O documento vai ser remetido para discussão e aprovação na Assembleia Municipal de dezembro.
O presidente do município justificou que o documento é «rigoroso nas opções e ambicioso nas ações», dando «continuidade às opções que foram assumidas e que consideramos estruturais para o desenvolvimento do concelho». Álvaro Amaro acrescentou que, «tal como em anos anteriores, as opções constantes do orçamento são cada vez mais objeto de um planeamento assente nas verdadeiras necessidades das pessoas e em ações que promovam o desenvolvimento local e regional, projetando a Guarda como uma cidade dinâmica, atrativa e com qualidade de vida». O autarca adiantou que no próximo ano a Câmara tem previstos 2,5 milhões de euros para obras de saneamento básico, «um investimento que temos que fazer porque não se fez antes, mas ainda há mais parta fazer neste tipo de infraestruturas de primeira necessidade», realçou.
Álvaro Amaro destacou ainda que, em 2019, o município tem dois desafios prioritários. Na Economia, anunciou que serão criados incentivos ao investimento e à fixação de empresas, bem como um programa de apoios às IPSS. «A Guarda tem todas as condições para poder ganhar ainda mais importância no contexto regional e vamos avançar com medidas para criar ainda melhores condições para atrair empresas e pessoas», considerou. Outra área estruturante no próximo ano será a Educação, onde o município quer ser «mais agressivo» no mercado estudantil. «Até finais de janeiro teremos definido um programa estratégico de ação para a Guarda ser competitiva, atrativa, do ensino básico ao superior», disse o autarca, acrescentando que esse plano vai ser discutido com os agrupamentos escolares e o IPG.
Na área do Ambiente, o presidente do município adiantou que no Verão a Câmara estará «em condições» de iniciar o projeto dos passadiços do Mondego e continuar a despoluição dos rios Diz e Noéme, já iniciada. Em 2019, «queremos deixar uma marca de água nesse domínio», afirmou Álvaro Amaro, que também destacou a aposta na candidatura da cidade a Capital Europeia da Cultura de 2027. Os argumentos da maioria social-democrata no executivo não convenceram os socialistas Eduardo Brito e Pedro Fonseca, que votaram contra por considerarem que o orçamento «parece mais um cheque em branco». «Este não é o nosso orçamento», sublinhou mesmo Eduardo Brito, que lamentou que a Câmara continue «a apostar tudo nos eventos em vez de baixar taxas e impostos, dos mais caros do país, e não investir em inovação e novas tecnologias». Na sua opinião, «este é um orçamento que aposta tudo no betão e esquece a inovação», criticou o socialista.

Socialistas querem ver «trabalho» na ULS da Guarda

A sessão de Câmara da última segunda-feira ficou marcada por um inesperado ultimato dos vereadores do PS à administração da Unidade Local de Saúde da Guarda.
Retomando as declarações de Adalberto Campos Fernandes, aquando da sua passada pela unidade há quinze dias, Eduardo Brito pediu «rapidez» na apresentação de soluções, nomeadamente para a requalificação do Pavilhão 5 e para «outros problemas» do Hospital Sousa Martins. «Espero que até ao final do ano se conheçam essas soluções porque o PS é o principal responsável político pelo que de bom e de mau aconteça ao Hospital da Guarda no curto e no médio prazo», declarou o vereador da oposição. Sobre este tema, Álvaro Amaro foi mais conciliador e apelou à união pelo futuro da saúde na cidade. «A Câmara quer ser parceira da ULS para encontrar as melhores soluções. Mas os guardenses têm que se indignar pelo que se está a passar», disse o presidente da autarquia.

Sobre o autor

Jornal O Interior

Leave a Reply