Sociedade

Novos diretores para as quatro escolas superiores do IPG

Escrito por Luís Martins

Joaquim Brigas não reconduziu nenhum dos responsáveis cessantes e nomeou mais um vice-presidente do Politécnico, o professor da ESTH Manuel Salgado

As quatro escolas superiores do Instituto Politécnico da Guarda têm novas direções e os seus elementos foram empossados na terça-feira, numa cerimónia em que também assumiu funções um segundo vice-presidente do IPG. Trata-se de Manuel Salgado, docente da Escola Superior de Turismo e Hotelaria.
«A equipa para os próximos quatro anos está completa e tem imensos desafios, alguns dos quais emergentes, como o reforço e a adequação da oferta formativa em Cursos Técnicos Superiores Profissionais, nas licenciaturas e mestrados», afirmou Joaquim Brigas. O presidente do Politécnico voltou a insistir que as linhas de ação prioritárias «do novo ciclo do IPG» são «as pessoas, a comunicação e a sociedade» e, para já, considerou prioritária a transformação da Pousada da Juventude em residência de estudantes. «Espero que se concretize o mais depressa possível, pois é um equipamento que faz falta na Guarda», disse o responsável, adiantando que o plano de ação para o aproveitamento daquele edifício situado junto às residências e cantina que existem fora do campus do IPG vai começar a ser desenvolvido.
Os nomes das novas direções das escolas foram propostos por Joaquim Brigas e aprovados pelo Conselho Geral na semana passada, sem contestação. Nenhum dos dirigentes cessantes foi reconduzido. Assim, Rui Formoso é diretor da Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto (ESECD), tendo como subdiretora Natalina Casanova. Paula Pissarra dirige a Escola Superior de Saúde (ESS), sendo subdiretora Hermínia Barbosa, e José Alexandre Martins iniciou funções na Escola Superior de Turismo e Hotelaria (ESTH), o polo do IPG em Seia, cujo subdiretor é Ricardo Guerra. Na Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) a escolha recaiu sobre António Martins, sendo subdiretora Manuela Natário. Na cerimónia foi também empossada a nova diretora da Unidade de Investigação para o Desenvolvimento do Interior (UDI), que é Rute Abreu, professora na ESTG.

Prioridades dos novos diretores

Em declarações a O INTERIOR, Paula Pissarra afirmou que pretende «dar continuidade a uma escola com história e contribuir para que se afirme cada vez mais». A docente apontou como principais carências da ESS a «necessidade» de alguns professores e de estruturas. «Vamos reunir com o presidente do IPG e fazer um balanço do que é mais precário na escola», disse. Por sua vez, Rui Formoso tenciona promover «um bom ambiente e satisfação» de docentes e funcionários para que «as coisas corram bem» na ESECD. Mas sobretudo avançar com a criação de novos cursos, o que está a ser feito «em contrarrelógio». «Queremos que haja sucesso e projeção na escola com qualidade e que consigamos continuar a fazer a ponte entre a instituição e o meio envolvente», acrescentou. Em termos de carências, o novo diretor adiantou que «alguns problemas» do edifício estão a ser resolvidos, tal como está a ser atualizado o equipamento informático. «Na área do Desporto vamos tentar conseguir algum espaço para ginásio, mas tempos conseguido resolver as lacunas com recurso a instituições da cidade», exemplifica.
Já António Martins sublinhou que o seu objetivo na direção da ESTG é «cumprir o programa eleitoral» que o presidente Joaquim Brigas apresentou e adiantou que pretende «seguir o trabalho iniciado» pela sua antecessora, Clara Silveira, que «é proporcionar na escola um ambiente agradável para toda a gente, sem antagonismos e problemas». O responsável indica como «carência fundamental» o orçamento atribuído anualmente ao IPG. «Há falta de professores fundamentalmente devido a essa carência orçamental», considera, adiantando que a escola vai aumentar a publicitação de cursos como Engenharia Topográfica – «cujos alunos têm emprego garantido no final», ressalva António Martins – e Engenharia Civil para atrair mais alunos.
Em Seia, Alexandre Martins assume a direção da ESTH com a missão de «levar a formação de qualidade a cada vez mais pessoas, interagir de forma ativa e positiva com a envolvente e reforçar a valorização de docentes, funcionários e alunos». O responsável não tem ainda um levantamento das carências da escola, mas admite que há questões que podem ser melhoradas. «O trabalho que vem de trás é positivo, há dificuldade em captar alunos, mas vamos tentar encontrar estratégias e trabalhar em função disso», promete.

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