Sociedade

Novo comandante da PSP da Guarda quer agentes «motivados»

Escrito por Luís Martins

O novo comandante distrital da Polícia de Segurança Pública (PSP) da Guarda tomou posse no dia em que o Comando comemorou o 136º aniversário, no passado dia 22 de outubro. «É uma honra ser comandante distrital da Guarda, função que tem um sabor especial devido aos baixos níveis de criminalidade e ao sentimento de segurança que este Comando conseguiu nos últimos anos», afirma o superintendente Carlos Resende Silva, para quem «o grande desafio» é manter esse registo.

Vindo de Lisboa, o oficial confessa que «são realidades relativamente diferentes nas suas características», pois a Área Metropolitana tem um índice de criminalidade muito mais elevado que a Guarda ou Gouveia, mas isso deve-se a conseguir-se «adaptar as nossas vertentes de proximidade e visibilidade às características e necessidades especificas da população», explica. Para o superintende, o conhecimento dessas necessidades é «o mais importante», pois só assim «conseguimos perceber como podemos contribuir». Nesse sentido, «quanto mais bem informado for o nosso processo de decisão e gestão, inevitavelmente melhor ele será e mais se irá encaixar nas necessidades que existem», acrescenta Carlos Resende Silva, segundo o qual o crime contra o património é um dos delitos que mais insegurança causa na população das duas cidades sob a responsabilidade da PSP.

Já apreensão de armas e de droga «não me parece ser um problema na nossa área de atuação», todavia, com muita ou pouca expressão, o comandante da PSP considera que essa é «uma problemática» que tem de ser combatida de forma a não por em causa a segurança da população. Quanto ao número de efetivos do comando distrital «não é um fator controlado por nós, é um controlo externo», e por isso, «com muitos ou poucos meios humanos, o importante é rentabilizar os serviços para uma boa qualidade no apoio prestado». Contudo, o superintendente reitera que «todos os recursos são bem-vindos». Para os próximos três anos – período de tempo que exercerá funções –, «trabalharei para melhorar o mais possível o serviço da PSP nas cidades da Guarda e Gouveia», mantendo sempre «o bom trabalho» do seu antecessor, Salvado Lopes. Mas o comandante Carlos Resende Silva considera que há «algumas vertentes» que merecem maior atenção. A «motivação do pessoal» é uma delas, pois acredita que se as forças policiais andarem motivadas conseguirão prestar um serviço com maior qualidade. «Essa motivação passa pela formação e capacitação dos agentes e também por uma melhoria logística», exemplifica.

«Ainda antes de tomar posse já tinha a perceção que as instalações do Comando Distrital é uma questão que tem estado permanentemente em cima da mesa, mas que não depende diretamente da PSP da Guarda», afirma. Nesta matéria Carlos Resende Silva é apologista de que «podemos e devemos empenhar-nos junto das entidades responsáveis» porque com a melhoria das instalações na Guarda e em Gouveia «os efetivos terão mais motivação e melhorará a apresentação e a comunicação com a população». De resto, recorda que as esquadras são «o primeiro contacto» que os cidadãos têm quando solicitam algum serviço policial, «sejam processos administrativos ou situações de especial fragilidade». O novo comandante acrescenta que vai privilegiar «a comunicação e a transparência» com a população através dos órgãos de comunicação social locais, que «têm essa função». Para Carlos Resende Silva, é primordial «o conhecimento da população e das suas carências», sendo também «essencial» que a população saiba o que faz a PSP. «Não basta fazer, é importante que as pessoas saibam o que fazemos, daí a transparência da atividade policial», reforça o superintendente Carlos Resende Silva.

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